Neste ano, porém, um Pedro levou a pior.
Funcionárias da Caixa Econômica Federal não deixaram a batata assar e
denunciaram Pedro Guimarães, queimado na fogueira das vaidades. Falastrão,
prolixo, espalhafatoso e metido a sabidão, aquele que no popular é chamado de
mala sem alça, o executivo foi se revelando aos poucos.
Em dezembro passado, em visita à agência da
Caixa em Atibaia, interior de São Paulo, constrangeu os funcionários obrigando-os
a fazer exercícios físicos no local de trabalho. O assédio moral ganhou as
páginas dos principais jornais do País. Agora, foi denunciado por funcionárias
do banco por assédio sexual. Coisas escabrosas vieram e continuarão a vir à
tona. A essa altura, chamá-lo de “mala” tornou-se elogio.
Enquanto pôde, “tava se achando”. Possivelmente se considerava personagem de “Para Pedro”, antiga cantiga popular gaúcha, sucesso no rádio lá pelos idos dos anos 70. “Era um baile lá na serra, na fazenda da Ramada/Foi por lá que um tal de Pedro se chegou de madrugada/Só escutei um zum zum, mas não sabia de nada/Só ouvia mulher gritando: ‘Este Pedro é uma parada’/Para Pedro, Pedro para”.
Viajou na maionese e dançou, não a
quadrilha junina. Dançou seu cargo, dançou seu polpudo salário. Por capricho
dessa vida, o nada santo Pedro Guimarães caiu no dia de São Pedro.
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