Os estudantes relataram que o filme estimulou sentimentos de compaixão. Depois, ele analisou a saliva dos alunos e descobriu uma aumento na imunoglobulina-A, um anticorpo que pode ajudar a combater infecções respiratórias. Em outro estudo realizado por James House no Research Center University of Michigan, os pesquisadores concluíram que a dedicação regular ao trabalho voluntário, em interação com os outros com calor humano e compaixão, aumentava tremendamente a expectativa de vida, e provavelmente também a vitalidade geral. Muitos outros pesquisadores no novo campo da medicina da mente-corpo demonstraram conclusões semelhantes, que documentavam que estados mentais positivos podem beneficiar a saúde física.
Além dos efeitos benéficos sobre nossa saúde física, há provas de que a compaixão e o comportamento interessado contribuem para a boa saúde emocional. Estudos revelaram que estender a mão para ajudar os outros pode induzir um sentimento de felicidade, uma tranquilidade mental maior e menos depressão.
Num estudo de trinta anos com um grupo de diplomados da Harvard, o pesquisador George Vaillant concluiu, com efeito, que adotar um estilo de vida altruísta é um componente crítico para a boa saúde mental. Outra pesquisa, realizada por Alan Luks entre alguns milhares de pessoas que estavam envolvidas a terceiros, revelou que mais de 90% desses voluntários relatavam um tipo de “barato” associado à atividade, caracterizado por uma sensação de calor humano, mais energia e uma espécie de euforia .
Elas também tinham uma nítida sensação de
tranquilidade e de maior autovalorização em seguida à atividade. Não era só que esses comportamentos
de dedicação proporcionassem uma
interação benéfica em termos emocionais; conclui-se também que essa
“tranquilidade dos que ajudam” estava associada ao alívio de uma variedade de
transtornos físicos relacionados ao estresse.
Embora as provas científicas ratifiquem nitidamente, podemos observar que a posição do Dalai-Lama quanto ao valor prático é muito real da compaixão, não é preciso contar apenas com experimentos e pesquisas para confirmar a veracidade dessa opinião. Podemos descobrir os fortes laços entre os cuidados, a compaixão e a felicidade pessoal na nossa própria vida e na das pessoas como o Sr. Joseph, um empreiteiro de sessenta anos de idade, é um bom exemplo desse ponto.
Durante
trinta anos Joseph fez sucesso sem muito esforço, aproveitando o crescimento
aparentemente ilimitado do setor de construção no Arizona, para tornar-se
multimilionário. No final da década de 1980, porém, ocorreu a maior derrocada
do mercado imobiliário na história do Arizona. Joseph estava em posição muito
alavancada e perdeu tudo. Acabou tendo de declarar falência. Seus problemas
financeiros geraram uma pressão sobre o seu casamento que acabou em divórcio
depois de 30 anos de união. Tornou-se
alcoólatra. Com o tempo deixou a bebida pelo AA, tornando-se padrinho de novos
alcoólatras. Começou a se oferecer para ser voluntário também em outras
organizações. Sua experiência empresarial facilitou a auxiliar os menos
privilegiados.
Agora Sr. Joseph, sendo um pequeno empresário, gera pequena renda, deu conta que jamais vai ser rico a ter aquele dinheiro. Prefere passar seu tempo em trabalhos voluntários para diversos grupos. Atualmente, ele fala que tem mais prazer num único dia do que tinha o mês inteiro, quando ganhava fortunas. Está mais feliz do que em qualquer outra época da sua vida.
Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.
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