Acompanhando o
noticiário deste fim de ano, concluo que Pelé foi mais popular do que os
Beatles. Se a banda de rock tem músicas nas listas das mais executadas de todos
os tempos, Pelé foi capaz de parar uma guerra civil na África, pois a população
local queria assistir ao jogo do Santos que por lá excursionava.
Se os quatro
cabeludos de Liverpool foram condecorados pela rainha Elizabeth, que lhes
concedeu título de nobreza na monarquia britânica, Pelé foi bajulado por sete
presidentes dos Estados Unidos e por mandatários de onde quer que fosse, e de
quebra teve encontro com três papas.
Do tsunami de
histórias reunidas após a morte do Rei do Futebol, admito que algumas me
emocionaram e outras surpreenderam; muitas conhecidas por demasia, outras
inéditas para muitas pessoas. Personalidades que conviveram com o Rei,
destacaram nele a humildade, a simplicidade e a gratidão.
E por falar em gratidão, Pelé deve muito ao maior freguês dos Santos nos anos 1950/1960. Se não fosse o meu time do coração, Pelé jamais teria feito mil gols. Embora reconhecendo-o como personalidade única na História, prefiro a popularidade de Jesus Cristo e a dos Beatles. Pelo menos eles nunca bateram no Corinthians.
(*) Antônio Soares dos Reis é jornalista em Araçatuba e ativista do Grupo Experimental (GE) da Academia Araçatubense de Letras (AAL)
antonio.reis.jornalista@gmail.com
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