De posse, ou possuído, de tudo isso, tenho duvidado sempre: da eficiência de meus desejos; das minhas palavras mal escritas, de certas ações e rumos, das expressões das artes todas...Afinal" toda arte é expressão mas nem toda expressão é arte..." já cochichou Ferreira Goullart . Mas muitas coisas tem prazo de validade.
Leio e releio por aí. Muito. Machado, Gabriel G. Marquez, Drummond, Dostoiévsk, Teatro grego, todo Shakespeare, ficção; policial, as ciências, Marx, Lenin... Algumas leituras com decepção . Às vezes, nem sei o que busco ante todas as necessidades de buscas. Encontro algumas. Outras, estou insuficiente p ver. Mas tento. E declino de todas as congratulações por tentar entender o que se passa: nessa idade tenho pouco tempo p obter a plenitude dos saberes e também porque "... Quanto mais coisas uma pessoa sabe, menos coisas deram certo para ela." (Umberto Eco, "Número Zero"). Estou no meu time de perdedores. E não tem esquecer de.. Saramago: “É dessa massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade”.
Mas isso tudo não me angustia, pois temos também... "A saudade é o que nos torna humanos. Ela é a lembrança do que fomos, do que tivemos e do que perdemos. Mas também é a força que nos faz seguir em frente, em busca do que ainda não encontramos.
A saudade dói, mas é ela que nos lembra que amamos, que vivemos, que fomos felizes. Sem ela, seríamos apenas sombras de nós mesmos, perdidos em um presente vazio.” (José Saramago. O Ano da Morte de Ricardo Reis).
Marcos Francisco Alves, professor de Araçatuba, janeiro de 2025 , passeando por Goiânia: +55 18 99744-0047
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