AGENDA CULTURAL

2.10.25

Tilim e seu irmão


Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
 
Sempre escrevi crônicas homenageando meus amigos mais velhos quando faleciam: quase obituários. Mas começou a morrer gente mais nova. Estou ficando quase sem jeito para escrever. O jornalista Carlos Alberto Ferreira, o Tilim, é um exemplo, foi embora com 59 anos.

Tilim foi meu aluno no Colégio Salesiano, trabalhei com ele na Folha da Região e o estimulei a fazer jornalismo na Toledo.

O Marquinho Serelepe nasceu na sombra do Tilim e cresceu bem. Os dois são sinônimos de línguas afiadas. Genilson Senche protegia o Tilim, e este correspondia nos elogios ao patrão.

Em nome da Folha da Região, Tilim apoiava o esporte amador. Vivia 24 horas para o esporte e ao jornalismo. Era uma pessoa que chegou à perfeição, não sabia quando trabalhava e a hora que se divertia.

Certo dia, tempos atrás, fiz uma crônica imaginando que seria profisssionalmente cada jornalista da Folha da Região se não tivesse abraçado o jornalismo. Coube ao Tilim ser um carroceiro que judiava de seu animal com seu rebenque. Rimos muito. Nossa convivência foi boa.
OBSERVAÇÃO: há erros de português na arte-final do cabeçalho em sua última coluna no Facebook.

RESTINGA DE CANUDOS

Companhia Tijolo, Sesc Birigui, apresentada em 18/09/2025, durou três horas, sem enjoar, multilinguagem, foi um sucesso. Trabalhei tema com alunos de ensino médio bem antes da eleição de Bolsonaro.
Atualmente, percebi uma linha tênue entre Antônio Conselheiro e o bolsonarismo. Um choque entre monarquia e república. Fazer o quê? A arte tem essa de confundir a realidade. O massacre de Canudos só ficou conhecido com o livro Sertões, de Euclides da Cunha.

NOME DE CONDOMÍNIO

Araçatuba sempre batizou investimentos imobiliários com nomes bonitos, poéticos, mas ultimamente surgiu uma construtora que denomina seus edifícios e condomínios com palavras inglesas. Pode ser uma questão de marketing, mas antes de tudo é uma falta de amor à nossa língua portuguesa, submissão cultural.
Temos um bairro chamado Jardim Nova Iorque (década de 1950), nome de uma metrópole norte-americana, cujo nome foi corretamente aportuguesado ao ser registrado na Prefeitura de Araçatuba pelo loteador Elíseo Gomes de Carvalho.
E para compensar tal estrangeirismo (corretamente aportuguesado), loteador em 27/01/1957 nominou a avenida principal de Brasília, quando a capital do Brasil era apenas um projeto.
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25.9.25

Conversa sobre a leitura do livro APENAS UM CURUMIM

Eu li o livro, gostei muito, quero dividir com você minhas impressões, minha avaliação no dia 02 de outubro de 2025, quinta-feira,19h30, na sede da Academia Araçatubense de Letras. O livro tem 45 páginas, bem ilustrado. Pode ser encontrado em biblioteca, sebo e livraria. Dá para ser lido num dia. A nossa atividade será grátis, sem custo. Conto com sua presença. 

Orelha de APENAS UM CURUMIM

JAKZAM KAISER*

O livro Apenas um Curumim, hoje um clássico do gênero, faz parte da história da literatura infanto-juvenil brasileira.

À exceção obra de Monteiro Lobato, os livros publicados no Brasil até os anos 60 do século passado – destinados às crianças – em sua quase totalidade, tinha o objetivo de “educar” os pequenos, recheando suas páginas com mensagens de “lições de moral e bons costumes”.

Nos anos 70, a literatura infanto-juvenil brasileira é enriquecida com o lançamento de diversos textos de indiscutível qualidade literária. Estes novos autores, ao invés de se apresentarem como “donos da verdade”, provocavam questionamentos, reflexões e, acima de tudo, estimulavam o prazer de leitura. Temas até então tabus, como sexo e morte, passaram a ser assunto de livros infanto-juvenis.

Os livros de Werner Zotz situam-se nesse contexto. A primeira edição de Apenas um Curumim foi publicada em 1979 e teve sucessivas reedições, encantando gerações de leitores – de todas as idades – nos últimos 25 anos.

Apenas um Curumim é ao mesmo tempo bonito e triste. Uma história densa e profunda sobre como o índio foi enganado pelo branco. De como o índio foi ficando com a vergonha de ser índio e passou a trabalhar para o branco. E, querendo ser como o branco, aos poucos foi esquecendo como ser índio, começou a morrer. No livro, um velho pajé, que ainda lembra como era ser índio, retoma  para a aldeia como um menino – um curumim – que tem vergonha de ser índio, é triste e medroso, sem lembranças sobre a alegria, sobre a altivez e a liberdade em que vivia seu povo. Durante a jornada, o curumim se reencontra, descobre os segredos da floresta e aprende a ouvir sua voz interior. E volta a ser índio.     

Como escreveu a crítica Fanny Abramovich, em 1979, no lançamento do livro, “Apenas um Curumim é uma história muito humana (na relação entre um menino e um velho), sem medo de colocar coisas vitais e fundamentais. Uma história brasileira (porque de índios brasileiros), mas universal (porque de tentativo de extermínio de um povo, de uma fé, de uma forma de crer e estar no mundo). Uma linda história importante, linda de ler, fundamental de saber e comovente de ouvir”.

*Jarzam Kaiser, jornalista e professor universitário

 

23.9.25

Os poetas foram, mas os versos ficaram na praça

 

Hélio Consolaro*

Não sou nenhuma autoridade municipal de Araçatuba-SP, mas continuo com a mania de, quando visito outra cidade, ficar vendo as boas iniciativas.

Não dá para comparar São Luís do Maranhão com Araçatuba. A primeira é capital de estado, mais de milhão de habitantes, mas nas pequenas coisas há alguma semelhança. A Atenas brasileira, assim é chamada pelos ludovicenses, porque a arte e a literatura vicejam por lá, pois Gonçalves Dias, Ferreira Gullar, Aloísio de Azevedo, José Sarnei, Zeca Baleiro são de lá. Por isso há a praça dos poetas. Araçatuba também tem seus poetinhas.

Pôr o que numa praça dos poetas? Bancos em forma de livros semiabertos, bustos, estátuas, placas de metal com textos, ponto de leitura com livros de escritores araçatubenses. E se a praça comportar, uma cantina.  

Outro dia encontrei o Sandro Cubas, secretário municipal atual de Planejamento e Urbanismo no supermercado com a esposa. Já cantei no seu ouvido a ideia de fazer isso no bulevar a ser construído na Vila Ferroviária. Podia ter espaços para homenagear os poetas de Araçatuba. Ele disse que era para pôr a ideia para correr, falar com a secretária de Cultura Vanessa Manarelli e o prefeito Lucas Zanatta. É o que eu estou fazendo agora.

A sede da Academia Araçatubense de Letras funciona na Vila Ferroviária. Há um triângulo abandonado, a praça do Relógio e outros espaços no bulevar. Mas se todos esses espaços estiverem ocupados no planejamento arquitetônico, aceitamos outra praça, como a Independência (rua Marcílio Dias) que está bem largada.

A prefeitura pode chamar a AAL, editoras, escolas, convocar o Conselho Municipal de Políticas Culturais, vereadores, engenheiros, arquitetos, comunidade em geral para assoprarem sugestões e ratearem parte do custo da obra.

Assim, fica a sugestão dessa praça temática a todas as cidades em que esta crônica chegar: a Praça dos Poetas.

18.9.25

SESC BIRIGUI: Semana Move agita a juventude

 

 

Sesc Birigui recebe a 13ª edição da Semana Move de dicada à "Geração Movimento"

 Coordenada pelo Sesc São Paulo no continente americano, a Semana Move é uma campanha global de incentivo à prática de atividades físicas e esportivas para todos os públicos, com atenção especial aos jovens. Sob o tema “Geração Movimento”, a programação no Sesc Birigui conta com 10 atividades gratuitas; destaque para a participação da ex-atleta Carol Albuquerque

 Semana Move chega em 2025 à sua 13ª edição. Entre os dias 22 e 28 de setembro a campanha oferecerá ao público, de todas as faixas etárias, nas 43 unidades do Sesc no estado de São Paulo e em instituições parceiras. A campanha é plural e acessível para todas as idades, mas para chamar a atenção ao alto índice de inatividade nesta parcela da população, a campanha traz como tema, nesta edição, “Geração Movimento”, reforçando o convite sobretudo para as gerações Z e Alpha.

O evento é uma iniciativa da ISCA (International Sport and Culture Association), coordenado pelo Sesc São Paulo no continente americano, com apoio institucional da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). No Brasil, o sedentarismo e a inatividade física são dados relevantes. Segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 47% dos adultos não praticam atividade física regularmente e, entre os jovens, o índice alcança 84%. A ideia é engajar especialmente os jovens e motivá-los a redescobrir o prazer de se mover de forma inclusiva e acessível.

Para Luiz Deoclécio Massaro Galina, Diretor do Sesc São Paulo, “a Semana Move se consolida a cada edição ao ampliar sua rede de parcerias, criando oportunidades para que mais pessoas tenham acesso às atividades físico-esportivas de forma continuada. Ao envolver instituições públicas, privadas e a sociedade civil em uma mobilização coletiva, reafirmamos o compromisso do Sesc com a promoção de um estilo de vida ativo e responsável. ‘Geração Movimento’ simboliza essa interconexão entre saberes do passado, do presente e para o futuro, incentivando a adoção de hábitos saudáveis que extrapolam os limites do evento e, idealmente, são incorporados ao cotidiano das pessoas”.

Em Birigui, o destaque da Semana Move 2025 é a presença da ex-levantadora da seleção brasileira de vôlei, Carol Albuquerque, em uma atividade que promove vivências práticas e interativas com o público. Além de outras 9 atividades entre oficinas, vivências, aulas abertas, festival, bate-papos e torneio, realizadas em diferentes espaços da unidade. Confira a programação completa.

 Aulas abertas

 Mova-se no Ritmo

Com André Vieira e Mariana Bansi, educadores do Sesc

A aula convida o público a se conectar com a música e o movimento, explorando diferentes ritmos para estimular o condicionamento físico de forma dinâmica. Por meio da dança, os participantes melhoram a coordenação e a resistência. Durante o mês de setembro, a atividade passa a ocorrer também às quintas-feiras, em diálogo com a campanha Semana Move, que neste ano destaca o protagonismo da juventude na construção de uma cultura do movimento.

De 2 a 30/9. Terças e quintas, 18h30 às 19h30. Exceto dia 25/9.
Quadra poliesportiva.
Grátis.
A partir de 12 anos.

                                                                                                                                                                                                                     Treinão Corrida GMF
Treino aberto que estimula a resistência cardiorrespiratória e muscular, combinando exercícios funcionais à corrida no formato de treino híbrido, preparando os participantes para a competição Corrida GMF.

Até 19/9. Domingos, 10h às 11h. Quartas e sextas, 18h45 às 19h35.
Quadra poliesportiva.
Grátis.
A partir de 12 anos.

Treino de Corrida noturna

O "Treino de Corrida noturna", uma aula aberta conduzida por educadores do Sesc, oferece aos participantes a oportunidade de estimular e testar a resistência física. A corrida acontece no período noturno, percorrendo as ruas do entorno do Sesc, com saída do Sesc Birigui. Saída para o percurso do Sesc Birigui

Dia 23/9. Terça, 18h30 às 20h.
Quadra poliesportiva.
Grátis.
A partir de 16 anos.

Maratona de aulas GMF

Com educadores em atividade físico-esportivas

Parte do Programa GMF, a aula convida o público a participar de quatro blocos de aula em sequência: ritmos, condicionamento físico, jump e mobilidade e flexibilidade.

Dias 7 a 19/9.

Domingos, das 10h às 11h. Quartas e sextas, das 18h45 às 19h35
Quadra poliesportiva.
Grátis.
A partir de 12 anos.

 Vivências

Futemesa e futevôlei
A vivência oferece a oportunidade de explorar essas modalidades esportivas. Ambas as práticas envolvem rebater a bola predominantemente com os pés, o que auxilia no estímulo da coordenação motora e no desenvolvimento da capacidade tática dos participantes.

Dias 20 e 21/9. Sábado e domingo, 15h às 18h.
Campo Soçaite.
Grátis.
A partir de 6 anos.

                                                                                                                                                                                                                         Nadando em Águas Abertas
Com Alexandre Strauch, professor e participante da modalidade

A vivência oferece uma experiência prática de natação que simula as condições de águas abertas. Com orientação técnica especializada, os participantes desenvolvem estratégias de adaptação ao nado contínuo, controle de respiração, navegação por pontos de referência e resistência em percursos mais longos. A atividade também aborda práticas de segurança, posicionamento em grupo e uso de equipamentos, aprimorando habilidades para desafios em ambientes naturais.

Alexandre Strauch é professor de Educação Física e atua como coordenador e professor no Esporte Clube Pinheiros. Com ampla experiência em provas de águas abertas, organiza e participa de eventos da modalidade, além de realizar atividades semelhantes em diversas unidades do Sesc.

De 23 a 27/9.
Terça e quinta, 19h às 20h30. Quarta e sexta, 18h30 às 20h. Sábado, 14h às 16h.
Conjunto Aquático.
Grátis. Necessário Credencial Sesc e exame dermatológico válido.
A partir de 12 anos.                                                                                                                                                          

Jogando com Carol Albuquerque
Ex-levantadora da seleção brasileira

A Semana Move inclui a vivência "Jogando com Carol Albuquerque", uma oportunidade de aprendizado e inspiração para praticantes e entusiastas do voleibol. Carol Albuquerque, ex-levantadora da Seleção Brasileira, compartilha sua vasta experiência em aulas práticas. As sessões exploram fundamentos técnicos, estratégias de jogo e o valor do trabalho em equipe.

Carol Albuquerque, nascida em Porto Alegre em 1977, iniciou sua carreira no voleibol aos 17 anos. Conquistou títulos nacionais e internacionais, incluindo a medalha de ouro olímpica em 2008. Atuou em clubes como Osasco e PAOK, da Grécia, destacando-se pela técnica e liderança. Após se aposentar, segue atuando no esporte, compartilhando suas experiências e contribuindo para o desenvolvimento do voleibol.

De 23 a 25/9. Terça a quinta, 20h às 21h30.
Quadra poliesportiva.
Grátis.
A partir de 16 anos.

                                                                                                                                                                                                                             Trampolim acrobático
A vivência "Trampolim acrobático" oferece a oportunidade de explorar esta modalidade esportiva. A atividade envolve a realização de diversos saltos e movimentos ginásticos sobre o trampolim, proporcionando o desenvolvimento de coordenação, equilíbrio e agilidade.

De 25 a 28/9. Quinta e sexta, 14h às 18h. Sábado e domingo, 15h às 18h.
Quadra Poliesportiva.
Grátis.
A partir de 6 anos.

 

Festival

 

 Festival de Maratona Aquática
A proposta do Festival de Maratona Aquática é oferecer uma vivência esportiva voltada à prática da natação de longa distância em ambiente controlado. O objetivo é proporcionar um desafio individual ou em revezamento, respeitando os diferentes níveis de habilidade dos participantes. A atividade será dividida por faixas etárias e distâncias adaptadas, incentivando a superação pessoal, o espírito esportivo e o convívio saudável entre praticantes.

Dia 28/9. Domingo, 9h30 às 13h.
Conjunto Aquático.
Grátis. Inscrições a partir das 18h do dia 2/9.
A partir de 16 anos.

 

Torneio

 

Corrida GMF
A "Corrida GMF" é uma competição inspirada no modelo de treino híbrido, que combina corrida com estações de exercícios funcionais, como burpee (flexão com salto) e avanço. A disputa acontece em quartetos mistos, com o objetivo de concluir a prova no menor tempo possível.
O regulamento completo da competição pode ser consultado no ato da inscrição. As vagas são limitadas.

Dia 20/9. Sábado, 16h às 18h30.
Quadra poliesportiva.
Grátis. Inscrições de 2 a 17/9 no Portal Sesc e Central de Atendimento.
A partir de 12 anos.                                                                                         

Para Carol Seixas, Gerente de Desenvolvimento Físico-esportivo do Sesc São Paulo, destaca que “a Semana Move representa um convite aberto para que pessoas de todas as idades e contextos sociais descubram ou redescubram o prazer de se movimentar. Com uma rede de parceiros engajados em toda a América Latina, buscamos incentivar as diversas práticas esportivas, bem como reforçar a importância da atividade física para a saúde mental, o bem-estar social e a qualidade de vida. O slogan ‘Geração Movimento’ reflete esse compromisso de conectar as novas gerações ao esporte e à atividade física, promovendo experiências acessíveis, inclusivas e transformadoras.”


17.9.25

É a volta do cipó de aroeira


 
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

Há gente que sonha com a paz, lobo e cordeiro passeando juntos. Essa paz nunca vai acontecer, porque o mundo foi construído em cima do contraditório. Não é paz de cemitério. Em vez disso, propõe-se uma abordagem democrática e centrada nos direitos dos cidadãos.

A nossa falta de paz chegou com Pedro Álvares Cabral, construindo as injustiça. Nem podemos dizer que os povos originais eram mais pacíficos, porque eram também humanos. Podemos enaltecer neles o respeito pela natureza.   

Às vezes, ouço jornalistas perguntarem para personalidades quando o Brasil será pacificado. Aqui, nem no mundo, houve paz algum dia. O que há é um grupo dominando o outro, e este não tendo força para reagir. Isso não é paz. E as guerras se tornam mais ferozes.

Deus tentou organizar aqui o paraíso, mas não conseguiu, surgiu a serpente. Ele nos abandonou à própria sorte. Não desanimou, mandou Jesus Cristo, foi crucificado como bandido e até hoje ninguém entendeu a mensagem.

Aquela união total não aconteceu, houve mesmo divisão de todos os naipes. Dividimos a Terra em nacionalidades, surgiram as propriedades com as cercas. As guerras pipocaram.

Escravidão, gente com muito e gente com nada, esquerda e direita, progressistas e atrasados. De repente, numa parte do planeta que se chama Brasil, 1964, a direita pôs a esquerda de joelhos. Agora, a esquerda quer fazer o mesmo com a direita.

Na barafunda de 1964, surgiu um cantor, Geraldo Vandré, interpretando a dor da esquerda e compôs a música Aroeira que dizia que haveria um dia:" É a volta do cipó de aroeira/ No lombo de quem mandou dar".

Os militares fizeram uma arruaça, promulgaram o AI-5 e riam da música em 1969. E não é que o cipó está voltando nas costas de Jair Bolsonaro e alguns generais 40 anos depois? A valentia acabou. 

Deram o cipó nas mãos de Alexandre Morais e seus companheiros que estão fazendo vergão nas costas do golpistas, que quer o povo longe de seus direitos.Mas não torturamos e nem assassinamos ninguém.  

Como a direita dizia que Geraldo Vandré cantasse flor, amor, músicas mais suaves, ele respondeu com "Para dizer que não falei das flores". Confira a letra e a música.


Restinga de Canudos - três horas de espetáculo

 

Quinta-feira, 18/9/2025, 19h, teatro do SESC Birigui

Restinga de Canudos

"Restinga de Canudos" não é uma restinga geográfica, mas sim o nome de uma peça teatral. O espetáculo, criado e encenado pela Cia do Tijolo, revisita a história da Guerra de Canudos de uma perspectiva diferente da narrativa histórica tradicional, que foi marcada pela visão de Euclides da Cunha em seu livro Os Sertões. 

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Sobre a peça de teatro
  • Conceito: O título "Restinga de Canudos" evoca a ideia das ruínas de Canudos, que ficaram submersas sob as águas da Represa de Cocorobó. O espetáculo "mergulha" nessas águas para resgatar as histórias de vida da comunidade, dando voz às pessoas comuns, em vez de focar apenas no massacre e em Antônio Conselheiro.
  • Narrativa: A história é contada através dos olhos de personagens como duas professoras, que ajudam a reconstruir a memória de uma comunidade que era forte, próspera e vitoriosa na invenção de suas próprias formas de existência. A peça ilumina o cotidiano e o papel da educação popular como força transformadora.
  • Mensagem: O espetáculo oferece uma leitura de Canudos como uma comunidade de resistência, esperança e luta. A Cia do Tijolo tem como característica revisitar figuras e eventos da história brasileira para resgatar a perspectiva dos "esquecidos". 
A Guerra de Canudos
Para entender o pano de fundo do espetáculo, é importante conhecer a história da Guerra de Canudos, um conflito histórico ocorrido no sertão da Bahia. 
  • Contexto: No final do século XIX, milhares de sertanejos, fugindo da miséria e da seca, se uniram em torno de Antônio Conselheiro, um líder religioso carismático. Eles fundaram o arraial de Canudos, uma comunidade autossustentável onde as terras e os bens eram compartilhados.
  • Conflito: A República recém-proclamada e os poderosos fazendeiros locais viram na comunidade uma ameaça e espalharam rumores de que Canudos queria restaurar a monarquia.
  • Desfecho: O governo enviou quatro expedições militares para destruir o arraial. As tropas da República massacraram a população, resultando em um dos episódios mais trágicos da história do Brasil. A peça teatral se apropria dessa história para oferecer uma nova leitura sobre o tema.  

00:48
  • Restinga de Canudos | Cia do Tijolo
    “Restinga de Canudos” enxerga as ruínas de Canudos, cidade submersa, e mergulha nas águas do açude de Cocorobó em busca das histórias de suas gentes. Para além ...
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