AGENDA CULTURAL

29.3.14

O último adeus da kômbi

Volkswagen divulga vídeo de despedida da Kômbi no Brasil; a narração é feita pela atriz Maria Alice Vergueiro




A despedida da Kômbi tem sido dolorosa e duradoura. Produzida desde 1957 no Brasil, a Volkswagen se viu forçada a parar de fazer o carro por aqui, uma vez que o airbag e freios ABS, não comportados pelo chassi avantajado do clássico, se tornaram itens obrigatórios.
Após o anúncio oficial das novas normas de segurança no trânsito, no meio do ano passado, a Volkswagen se pronunciou e marcou para outubro de 2013 o encerramento das atividades do modelo no Brasil. Até uma edição limitada em homenagem, comercializada a R$ 85 mil, foi lançada.
O adeus foi prorrogado, porém, parece que dessa vez, ele é definitivo. A Volkswagen lançou um vídeo de mais de 4 minutos no Youtube, em que se despede oficialmente de seus “amigos”. Narrado em primeira pessoas pela atriz Maria Alice Vergueiro, o emocionante relato conta algumas das histórias marcantes nas quais o automóvel esteve presente na vida de pessoas.
Em 2010, na ocasião dos 60 anos de produção da perua – ela foi lançada na Alemanha em 1950 – Brasileiros publicou um perfil do utilitário, que incluiu um depoimento do jornalista Heródoto Barbeiro, um apaixonado pela kômbi. Leia aqui.

Na edição 69, que está nas bancas, o utilitário voltou a ser destaque nas páginas da revista Brasileiros. Desta vez, o mote para falarmos sobre a perua mais querida do país foi a Kômbi exclusivíssima do publicitário Marcello Serpa, diretor geral de criação e um dos sócios da Almap/BBDO. A agência é responsável pelos anúncios da montadora alemã há mais de 20 anos, e uma das mais premiadas do país, com mais de uma centena de Leões conquistados no Festival de Cannes, a mais importante premiação do mercado publicitário mundial.Confira aqui.

Homenagem deste blogueiro à kômbi:
Nunca tive uma kômbi, nunca sonhei ter uma, mas nos anos 1969 e 1970, viajei quase todos os dias à noite de Araçatuba a Penápolis para fazer a faculdade, porque lá havia curso superior noturno. 
Era uma kômbi 1.200, azul celeste, pouca potência; a rodovia Marechal Rondon não era duplicada, ela gemia com a carga na curva e subida próximas a Coroados-SP. Nela viajavam vários estudantes, dentre eles, Delcyr Jesus Camilo, Maria Helena Rosseto, Sílvia Gato. Ela era chamada por nós de "Jesus me chama" por oferecer pouca segurança em caso de acidente.  
O motorista tinha o sobrenome de Martinez, tio do falecido escritor José Geraldo Martinez.   

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