AGENDA CULTURAL

7.1.15

Juca Ferreira reassume o Ministério da Cultura

A escolha foi anunciada pelo ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em sua conta no Twitter; "A PR Dilma marcou um golaço retumbante, sonoro e espetacular ao anunciar Juca Ferreira como novo Ministro da Cultura. Parabéns, Juca!", disse ele; Juca Ferreira foi ministro da Cultura no governo Lula e comandava a área na prefeitura de São Paulo; quem deixa o cargo é Marta Suplicy, que se indispôs com a presidente Dilma ao apoiar publicamente o movimento 'Volta, Lula', antes da sucessão presidencial deste ano (30/12/2014)


247 - Mais uma peça no tabuleiro da reforma ministerial acaba de ser movida. Juca Ferreira, que foi ministro da Cultura no governo Lula, reassumirá a função no segundo governo Dilma.
A decisão foi anunciada pelo ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que é amigo pessoal de Juca, em sua conta no Twitter. "A PR Dilma marcou um golaço retumbante, sonoro e espetacular ao anunciar Juca Ferreira como novo Ministro da Cultura. Parabéns, Juca!", diss ele, que qualificou a decisão como um 'golaço'.
Quem deixa o cargo é Marta Suplicy, que se indispôs com a presidente Dilma ao apoiar publicamente o movimento 'Volta, Lula', antes da sucessão presidencial deste ano.
Em seguida, a presidente Dilma Rousseff confirmou a indicação, na nota abaixo: 
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (30) que o sociólogo Juca Ferreira será o novo ministro da Cultura.
A presidenta agradeceu a dedicação da ministra interina Ana Cristina da Cunha Wanzeler.
A posse do novo ministro será no dia 1.º de janeiro.

Marta discorda da nomeação de Juca Ferreira como ministro da Cultura
Ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy disparou contra seu sucessor, Juca Ferreira, afirmando que a população brasileira "não faz ideia dos desmandos" promovidos por ele na área; Marta também atacou o ex-ministro Alexandre Padilha, que foi o primeiro a anunciar a troca; "Nada mais sintomático do que Alexandre Padilha, aquele que foi rejeitado pelo povo paulista, nas últimas eleições, para anunciar Juca Ferreira no Ministério da Cultura"; com as declarações, Marta praticamente dinamita as pontes no PT; o mais provável é que ela embarque no PMDB disposta a concorrer à prefeitura de São Paulo, em 2016 (30/12/2014)

SP 247 - A ex-prefeita de São Paulo, ex-ministra da Cultura e senadora Marta Suplicy (PT-SP) pode ter encerrado, nesta noite, seu ciclo de mais de três décadas no Partido dos Trabalhadores.
Revoltada com a indicação de Juca Ferreira para o Minc, ela disparou sua metralhadora contra o sucessor. "A população brasileira não faz ideia dos desmandos que este senhor promoveu à frente da cultura brasileira. O povo da cultura, que tão bem o conhece, saberá dizer o que isto representa", afirmou, nas redes sociais.
Marta também criticou o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que foi quem anunciou a novidade. "Nada mais sintomático do que Alexandre Padilha, aquele que foi rejeitado pelo povo paulista, nas últimas eleições, para anunciar Juca Ferreira no Ministério da Cultura", afirmou.
A senadora poderia ter concorrido ao governo de São Paulo, em 2014, mas foi preterida pelo PT, assim como ocorreu em 2012, quando ela também gostaria de ter disputado a prefeitura, no lugar de Fernando Haddad.
Com as declarações desta noite, ela pode ter dinamitado de vez suas pontes no partido. Uma das possibilidades em aberto é sua filiação ao PMDB, que lhe prometeu legenda para concorrer à prefeitura de São Paulo, em 2016, enfrentando Haddad.
Uma pesquisa recente do Datafolha a apontou como a melhor prefeita da história de São Paulo.

Ana Hollanda também rejeita Juca Ferreira
A ex-ministra da Cultura Marta Suplicy ganhou uma aliada em sua saga contra seu sucessor, Juca Ferreira (que já foi chefe da pasta no governo do ex-presidente Lula): sua antecessora, Ana de Hollanda; "Estou pasma. Confesso que estou sem palavras. Herdei um ministério caótico do Juca. Marta Suplicy deve ter suas razões para criticar esta escolha", diz Ana (01/01/2015)

247 - A ex-ministra da Cultura Marta Suplicy ganhou uma aliada em sua saga contra seu sucessor, Juca Ferreira (que já foi chefe da pasta no governo do ex-presidente Lula): sua antecessora, Ana de Hollanda. "Estou pasma. Confesso que estou sem palavras. Herdei um ministério caótico do Juca. Marta Suplicy deve ter suas razões para criticar esta escolha", diz Ana em nota na coluna Ancelmo.com, de O Globo.
Ao saber da confirmação de Juca Ferreira no Ministério da Cultura, na terça-feira (30), Marta disse que ele "representa retrocesso" e que "a população não conhece os desmandos" do ex-ministro na pasta.
Mas há os que saem em defesa do futuro ministro que toma posse dia 12. O também ex-ministro da Cultura Gilberto Gil (no governo do ex-presidente Lula) faz elogios ao conterrâneo. 
"O Juca é muito preparado para exercer o cargo. Este período recente na secretaria municipal de São Paulo lhe deu ainda mais experiência. Ele é de uma dedicação muito grande e vai dar sequência a um trabalho que começou lá atrás".

Juca Ferreira foi secretário executivo do Ministério da Cultura na gestão de Gil.

Relaxa, Marta
Lelê Teles*
Madame só pode estar a gozar de nossa cara. Estarrecidos ficamos todos, nós os ingênuos, com a carta que Marta enviou à Presidenta.

Quer dizer, enviou uma ova.

Como vimos, a destinatária era a mandatária-mór, mas o destino da missiva foi a internet. Veja que coisa.

Com isso, a loira inaugurou uma nova era na forma de enviar cartas: quer se separar do marido, mande uma carta, não pra ele, mas pra internet, porque você sabe, através da rede tudo acaba chegando ao destino, o destinatário, mas não sem antes passar pelo bisbilhote dos curiosos.

Novos tempos, novas formas.

Vai pedir demissão do emprego, nada de mandar cartas diretamente para o chefe, nem imêio, porque ambos podem extraviar-se pelo caminho. Publica na rede, o documento acabará chegando, inexoravelmente, no colo do chefão.

Foi o que fez Madame Suplicy com a sua carta virtual. Sabendo que a presidenta não se encontrava no país, Marta poupou esse trabalho ao carteiro.

Porém, se a forma não foi a mais ortodoxa, imagina o conteúdo.

Incorporando o filho, Supla, a sexóloga calçou as botas longas, assanhou os cabelos, rasgou as calças nos joelhos e saiu distribuindo botinadas nas canelas da presidenta.

Willian Bonner, do alto de seu punkismo, leu trechos inteiros da carta da Marta no JN. Pela forma suave com que Bonner lia, dava a impressão que era essa a real finalidade da missiva.

Mas por que diabos madame resolveu, de uma hora para outra, ser deselegante? Não sei, sou um mero dactilógrafo. O que sei é que dona Marta, como o filho, é punk de boutique, e o que ela fazem ambos é pura encenação.

A carta, na verdade, é um santinho de lançamento de sua candidatura à prefeitura de Sampa, no longínquo 2016.

Madame caiu atirando e se saiu bem, porque agora tem pela frente duas claras possibilidades: ou passará para a ala dos ressentidos, juntando-se a Cristovam Buarque, Heloísa Helena e Marina Silva; ou adotará o punkismo sabotador e entrará para o clube das Meninas do Jô e, assim, terá passe livre para achincalhar o governo, sobretudo na área econômica, e articulará para a pessimídia.

Lelê Teles

Jornalista e publicitário. Roteirista do programa Estação Periferia (TV Brasil), apresentador do programa Coisa de Negro (Aperipê FM) e editor do blog FALA QUE EU DISCUTO

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