AGENDA CULTURAL

13.8.15

Contra a doideira

Ganhar o jogo no terceiro tempo não existe, porque nas regras do futebol não há o terceiro tempo, mas na política, os partidários do Sr. Aécio Neves com seu 1/3 do PSDB, aliado aos partidários de Jair Bolsonaro,  querem isso. Não perceberam que o jogo terminou e que têm que se preparar para o próximo.

O desespero do Aécio é que ele perdeu o jogo e para ele, dentro do PSDB, não há mais espaço para ser candidato em 2018, há lideranças tucanas mais fortes e mais sensatas. Não dá para acreditar que ele é neto de Tancredo Neves, político bastante habilidoso.

Assim, domingo, dizem que vai ter mais uma manifestação da doideira, tipo Gilly, que é deMolay (juventude maçônica), xingou a presidenta quando ela visitava os Estados Unidos.

Gilly admira Mussolini, Jair Bolsonaro é seu ídolo e é  admirador de Gandhi. Cachorro louco querendo se aparecer. A família é antipetista, envenenou a cabeça do rapaz menor de idade. É a nova direita fazendo seus inocentes úteis. 


Agora que a mídia não vai insuflar o movimento contra a presidenta Dilma, não sabemos como será a manifestação que já vem diminuindo significativamente. Manifestar-se é um direito e nós precisamos saber conviver com a nova democracia brasileira. Não há espaço para o golpe.

No dia 20/8, haverá a manifestação do outro lado. E assim ficamos vendo qual é a maior torcida. É um pouco isto, um infantilismo, ou criancice se preferir.  

Enquanto isso, o cidadão comum vai vivendo o seu cotidiano, correndo atrás de suas contas, quase sempre sendo massa de manobra.  


No dia 16, estarei assistindo ao meu Palmeiras jogando com o Flamengo em São Paulo, quero conhecer a nova arena. No dia 20, estarei engrossando fileiras a favor da democracia brasileira. Por essa vale a pena lutar.

*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP


Um comentário:

Rivaldo R. Ribeiro disse...

Parabéns senhor professor!

Das dezenas de notícias, artigos e comentários que li o seu é o único até agora que li contra as manifestações do dia 16/08/2015, além disso não se encontra pelo menos onde vivo alguém que esteja feliz com esse governo.
Tudo bem a Dilma foi eleita democraticamente, mas o Collor também, diria o senhor professor: mas contra o Collor houve provas.
No caso Dilma existem corrupção e mentiras e ela está totalmente desacreditada,é bom para o país um chefe do executivo com esse nível de descrença?

E que país o senhor mora mesmo?

Não tenho o seu nível de cultura e educação, mas de economia doméstica nós aqui em casa somos especialistas. A nossa renda familiar caiu, e para dificultar mais ainda tudo está subindo e já sentimos dificuldades em manter o antigo padrão de classe média baixa. Agora somos pobres, oxalá não entremos para o grupo dos miseráveis aumentando a tão festejada bolsa família, programa que nunca imagino de precisar, temos vergonha e honra para trabalhar até os últimos pingos de suor e boa base familiar.
É isso que vai acontecer de agora em diante uma marcha a ré na classificação nas classes sociais: Classe média, classe média baixa, pobres e por fim miseráveis. Pense nisso, primeiro no seu povo, na sua gente, no seu país, depois no seu partido. Grato. Um abraço!