AGENDA CULTURAL

23.10.15

Queima do alho – domingo


Busto na entrada do Parque Antônio Celestino Ferreira, onde se faz a queima do alho em Araçatuba-SP

No domingo, 25 de outubro de 2015, realiza-se em Araçatuba, Recinto de Exposição, a Queima do Alho, que é a comida dos boiadeiros que levavam o gado pelas estradas de chão antigamente. Ficou o apelido “Queima do Alho”, que podia ser queima da cebola, queima das panelas, etc. Uma tradição culinária típica, ainda é feita em um fogão improvisado no chão, com a seguinte composição: arroz tropeiro, carne serenada, farofa, feijão gordo.

Quem comprar o ingresso, R$ 20,00, além de ouvir as melhores duplas caipiras de nossa região: Augusto César e Leandro, Rodrigues Viola e Henrique, Parreira, Rei do Vale e Du Viola  e Horizonte, terá o direito de comer à vontade.

Também teremos a presença do jovem violeiro e cantador Guilherme Tenório, com música caipira executada por gente que estudou música em Tatuí, e shows de catira.

Trata-se de um projeto “Fermentação da Cultura Caipira no Interior Paulista”, da AGCIP -  Associação de Gestão Cultural do Interior Paulista Prof. Gilberto Morgado -  com sede em Monte Alto-SP – apresentado ao Programa de Ação Cultural da Secretaria Estadual de Cultura, que se estende por 07 cidades, incluindo Araçatuba.
 
Viola gigante feita por João Viola, de Maringá, com medida de 5,15 m por 1,65, em homenagem a Tião Carreiro
Quando recebemos  o cartaz, estranhamos esse nome “fermentação”, mas descobrimos, lendo o projeto, que as atividades começaram em São Roque e Jundiaí, onde a cultivo da uva e a fabricação de vinho acontece.

“O interior paulista é rico na cultura popular caipira. manifestações como Cururu, Catira, Moda de Viola, causos, fogueira de São João, Folia de Reis e Literatura, entre tantas outras formas de manifestação cultural manifestada pelo homem miscigenado brasileiro que, desde a colonização, vem ressignificando a cultura e recriando nossa identidade. “ – afirma a justificativa do projeto.
  


O projeto quer ajudar a criar meios de desembaraçar o nó na forma de pensar de boa parte da sociedade de que o caipira é um "Jeca Tatu" estilizado. 
Pelo contrário, o caipira tem um modo de vida que é rico em sua essência, múltiplo em sua cultura e sábio em seu viver
.


Em Araçatuba, além da Comitiva do Corredô, de Novo Horizonte, teremos a presenças das comitivas regionais inclusas no projeto, como: Fogão de Lenha (Araçatuba), Sereno da Madrugada (Araçatuba), São Francisco (Bento de Abreu). Elas estarão fazendo a melhor comida do mundo.
 
Público presente, sempre grande
Teremos também a exposição da viola gigante feita por João Viola, de Maringá, com medida de 5,15 m por 1,65, em homenagem a Tião Carreiro. Provavelmente, em futuro próximo, ela fará parte do cenário de um programa que está sendo montado pela TV Cultura.  

Ser chamado de caipira já foi xingamento, gozação, hoje a cultura está sendo buscada para que valorizemos as raízes do interior paulista. Compareça, você não vai se arrepender.

*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP    

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