AGENDA CULTURAL

31.7.22

Vencendo a baixa autoeficácia - Gervásio Antônio Consolaro


      

Caros Leitores, trago mais um assunto para reflexão e facilitar o nosso dia a dia, pela resenha de capítulo do  livro “ Apaixona-se por si mesmo” do escritor Walter Riso.

1. Elimine o “não sou capaz”

      Quando você se menospreza, seu diálogo interno age como um freio. Elimine de seu repertório o “não sou capaz”, porque, cada vez  que você repete isso, confirma e reforça sua sensação de insegurança; essa qualificação negativa o imobilizará automaticamente. Se o treinador de um atleta dissesse no ouvido de seu treinando, bem na hora de saltar: “Você não vai conseguir”, acha que o resultado dele seria bom? Muitas pessoas já viveram na própria carne os efeitos da falta de confiança da família: “O menino não é capaz, é melhor você fazer”.

     Como você se sentiria se, no trabalho, seu chefe decidisse dar uma tarefa especial a um colega seu com o argumento:” Dei o trabalho a Fulano porque acho que você não é capaz.  Embora não tenha consciência disso, as consequências psicológicas de dizer a si mesmo “não sou capaz” são tão contraproducentes como quando outras pessoas o dizem. Se você diz “Sou um inútil”, Sou um fracassado”, “Sou um idiota” acabará sendo.

     Não deixe que esses pensamentos negativos autodestrutivos ficam teclando seus pensamentos. Ninguém é totalmente incapaz, diga:  vai aparecer ou vou buscar outra oportunidade e vou desempenhar com total capacidade.

2. Não seja pessimista

     Cabeça erguida, pra frente, com fé em Deus, com positivismo que tudo vai dar certo, com motivação, tenacidade e perseverança necessárias, fazendo prognósticos de sucesso. Corrija os erros, pequenos fracassos, e estabeleça novos rumos. Siga a premissa central : tente desenvolver em você o saudável costume de avaliar sua capacidade de fazer mais prognósticos.

3. Não seja fatalista

      Os infortúnios são controláveis. Afaste de seu repertório verbal a palavra “nunca” e “sempre”. O passado não o condena: de fato, seu presente é o passado de amanhã e, portanto, se mudar o aqui e agora, estará contribuindo de maneira significativa com seu destino. É verdade que acontecimentos de sua infância e adolescência têm influência sobre você, seria absurdo negar, mas essa influência  é relativa e modificável (você não é um pequeno animal de laboratório exposto aos caprichos do experimentador). Nós humanos, feliz ou infelizmente, temos a possibilidade de construir nossa história de modo ativo e participativo e de reestruturar a própria maneira de processar a informação: não estamos predestinados ao sofrimento.

4. Não recorde  apenas as coisas ruins

     Ative sua memória positiva  lembrando dos teus sucessos do passado. Lembra-se de seus atos de valentia, de defesa de seus direitos, de amor, de alegrias.

5.Teste-se e arrisque-se

     Tentar racionalmente (ou seja, sem se flagelar na tentativa), obterá dados sobre suas capacidades reais e poderá descobrir se as previsões de fracasso que fazia eram verdadeiras ou falsas. A filosofia do “mais vale  um pássaro na mão do que dois voando” não o leva a lugar nenhum, é a passagem para o conformismo e o estancamento.

6. Amar a si mesmo, buscar a autoeficácia, apaixonar-se por seu próprio ser, é uma tarefa árdua. Implica em navegar  contra a corrente da massificação e da intolerância sociocultural. Basicamente, a proposta é, desloque-se no sentido contrário ao que ditam muitas convenções  sem cair no outro extremo. Esse é o desafio: encontre-se sua dimensão pessoal e as distâncias adequadas para se amar confortavelmente, sem sobressaltos nem culpas. A simples tentativa será saudável: você terá criado a maravilhosa experiência de se amar.

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.                      g.consolaro@yahoo.com.br 

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