Meus leitores queridos

Hélio Consolaro

Todos os leitores são meus queridos. Contra, a favor, xingando, lêem Entrelinhas. Isso é o que importa. Então, vamos a alguns deles.
Sobre “Deus é Pai”, Chris escreveu:

“Lindo texto e caiu como uma luva pra mim. Para ser sincera, também não sei se sou um projeto que deu certo. Em alguns momentos, chego a acreditar que sim, mas em muitos outros creio que não. Por mais que se tente ser aquilo que seus pais sonham, nós nunca chegamos a ser aquilo que eles almejaram pra nós.
Apesar de muitas vezes reclamar e até mesmo praguejar, sei que minha mãe, meu pai biológico e meu pai ‘postiço’ deram o melhor deles pra que eu me tornasse uma pessoa melhor.”

Eliezer Rosa Eduardo gostou de um trecho da mesma crônica:
‘“Tomara que meus filhos tenham uma visão boa de Deus, principalmente, quando ouviram pela primeira vez aquela frase feita: Deus é pai!’ Parabéns por essa frase.”

Mas há vozes discordantes.

“Olá! Saiba que tem mais de 33 leitores, pois eu, que não estava em sua lista, também sou assídua leitora de Entrelinhas e Por Trás das Letras.Nunca tinha lhe mandado um e-mail e sinto muito que o primeiro seja de repúdio, pois admiro seu trabalho, seus textos e sua inteligência, mas não podia deixar passar em branco o susto e a dor que senti quando li em seu texto de Entrelinhas, do dia 12 de agosto (sábado, véspera do dia dos pais), a referência que fez, enquanto falava do boteco Bate Forte, ao pastor morto de enfarto, ironizando o fato de ele não ter ingerido bebida alcoólica.

Talvez não tenha sido essa a intenção, nem o pastor citado seja o querido pastor de minha Igreja, porém, como não sei de outro pastor falecido em nossa cidade, logo fiz a relação e me entristeci muito com o mau gosto da brincadeira.
Ele era uma pessoa incrível que pastoreava uma geração de jovens de nossa cidade da qual faço parte e me senti violada em minha saudade e dor, principalmente por ser tão próximo ao Dia dos Pais e seus filhos ainda sentindo muito a sua falta, embora pequeninos.Desculpe se interpretei errado, mas levei um choque e fiquei a pensar o quão insensível pode ser o ser humano, mas creio que o meu Deus é um Deus de honra. Deus o abençoe.” Silvana Souza.

Ainda bem que o presbítero não morreu de cirrose, por ser alcoólatra. Foi um bom pastor. Foi exemplo. Num bar, onde todos são bêbados, não beber é ridicularizado. Você deve ler o texto por aí. O personagem que falou sobre o pastor é um bêbado. Quando alguém falar de você, Silvana, veja quem foi, porque, às vezes, o que parece crítica é, na verdade, elogio.

E amanhã tem mais, no boteco Bate Forte. Aguardem, são-paulinos...