Hélio Consolaro
Não temos como concepção que a cultura seja apenas aquilo que é feito nos templos da erudição, como nos teatros, nas bibliotecas, nas galerias, nos museus.
Para nós, cultura tem um sentido antropológico, holístico. Dentre a ciência, a arte, a filosofia e a tradição, a cultura é o conjunto de todas, é um nome que integra e não compartimenta.
Se cultura é o jeito de ser, há uma cultura brasileira; mas nela, há uma diversidade de jeitos, porque a sociedade moderna não é mais “mono”, ela é “pluri”, diversa, tribal. Não é apenas a família, a igreja e a escola que formam as pessoas, há uma gama de mídias fazendo a cabeça das crianças e da juventude. Hoje, nossa juventude processa 75% de informações vindas delas, apenas 25% têm origem da família, da igreja e da escola.
Por isso consideramos Cultura um conceito mais amplo que educação formal, porque precisamos trabalhar a cultura popular, aquela que vem na esteira da tradição, que não é ensinada nas escolas. Além disso, a educação normatiza, impõe padrões; a cultura incentiva e apóia a rebeldia, a ousadia. Confundir cultura e educação é privilegiar a visão cartesiana do mundo.
Se cultura é o jeito de ser e a sociedade é plural, contém nela vários jeitos, uma política cultural não pode privilegiar apenas um segmento, um jeito de ser, por isso se faz necessária a prática de uma política de inclusão.
Para que todos os segmentos sejam contemplados, a participação coletiva na elaboração das políticas culturais de um município é uma necessidade para garantir espaço para todos e o exercício da cidadania.
E esse exercício não é fácil, principalmente para quem frequenta os templos culturais, por isso a nossa política cultural nasceu de um movimento pré-eleitoral chamado “Conferência Municipal de Cultura” e incorporada no plano de governo de cada candidato, como exigência da cidadania cultural, principalmente no do prefeito Cido Sério /Carlos Hernandes.
A primeira ação dessa política foi assumir a Secretaria Municipal de Cultura e ouvir todos os segmentos culturais da cidade: hip hop, música caipira e dança da catira, folias de reis, teatro, balé, academias de dança, escolas de samba. E incentivá-los a se aglutinarem, a se organizarem.
A segunda ação foi remeter à Câmara Municipal, neste mês, projeto de lei proposto pelo atual Conselho Municipal de Cultura, que não é deliberativo, mas lhe foi dada tal condição informalmente, para que se torne deliberativo, modifique sua composição e passe a se chamar Conselho Municipal de Políticas Culturais.
A terceira ação é convocar a Conferência Municipal de Cultura para finais de setembro. Nesse processo, tem-se como escopo a construção da cultura, sem preocupação com as cores partidárias.
Se temos abertura no relacionamento interno, precisamos também ser democráticos no externo: com outros municípios e com instâncias administrativas superiores, sem se importar com as cores partidárias. Inclusive, se possível for, construir um consórcio intermunicipal de cultura ou coisa parecida.
Todos aqui são bem-vindos. Discutamos cultura e façamos política com P maiúsculo, abandonemos a politicalha, como tão bem pregava Rui Barbosa.
Não temos como concepção que a cultura seja apenas aquilo que é feito nos templos da erudição, como nos teatros, nas bibliotecas, nas galerias, nos museus.
Para nós, cultura tem um sentido antropológico, holístico. Dentre a ciência, a arte, a filosofia e a tradição, a cultura é o conjunto de todas, é um nome que integra e não compartimenta.
Se cultura é o jeito de ser, há uma cultura brasileira; mas nela, há uma diversidade de jeitos, porque a sociedade moderna não é mais “mono”, ela é “pluri”, diversa, tribal. Não é apenas a família, a igreja e a escola que formam as pessoas, há uma gama de mídias fazendo a cabeça das crianças e da juventude. Hoje, nossa juventude processa 75% de informações vindas delas, apenas 25% têm origem da família, da igreja e da escola.
Por isso consideramos Cultura um conceito mais amplo que educação formal, porque precisamos trabalhar a cultura popular, aquela que vem na esteira da tradição, que não é ensinada nas escolas. Além disso, a educação normatiza, impõe padrões; a cultura incentiva e apóia a rebeldia, a ousadia. Confundir cultura e educação é privilegiar a visão cartesiana do mundo.
Se cultura é o jeito de ser e a sociedade é plural, contém nela vários jeitos, uma política cultural não pode privilegiar apenas um segmento, um jeito de ser, por isso se faz necessária a prática de uma política de inclusão.
Para que todos os segmentos sejam contemplados, a participação coletiva na elaboração das políticas culturais de um município é uma necessidade para garantir espaço para todos e o exercício da cidadania.
E esse exercício não é fácil, principalmente para quem frequenta os templos culturais, por isso a nossa política cultural nasceu de um movimento pré-eleitoral chamado “Conferência Municipal de Cultura” e incorporada no plano de governo de cada candidato, como exigência da cidadania cultural, principalmente no do prefeito Cido Sério /Carlos Hernandes.
A primeira ação dessa política foi assumir a Secretaria Municipal de Cultura e ouvir todos os segmentos culturais da cidade: hip hop, música caipira e dança da catira, folias de reis, teatro, balé, academias de dança, escolas de samba. E incentivá-los a se aglutinarem, a se organizarem.
A segunda ação foi remeter à Câmara Municipal, neste mês, projeto de lei proposto pelo atual Conselho Municipal de Cultura, que não é deliberativo, mas lhe foi dada tal condição informalmente, para que se torne deliberativo, modifique sua composição e passe a se chamar Conselho Municipal de Políticas Culturais.
A terceira ação é convocar a Conferência Municipal de Cultura para finais de setembro. Nesse processo, tem-se como escopo a construção da cultura, sem preocupação com as cores partidárias.
Se temos abertura no relacionamento interno, precisamos também ser democráticos no externo: com outros municípios e com instâncias administrativas superiores, sem se importar com as cores partidárias. Inclusive, se possível for, construir um consórcio intermunicipal de cultura ou coisa parecida.
Todos aqui são bem-vindos. Discutamos cultura e façamos política com P maiúsculo, abandonemos a politicalha, como tão bem pregava Rui Barbosa.
Um comentário:
Você escreve muito bem. Acompanharei suas crônicas.
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