AGENDA CULTURAL

12.4.11

'Imortais' não querem 'vaga para blogueiro'


A AAL (Academia Araçatubense de Letras) decidiu que não quer blogueiros nem autores de músicas ou outros tipos de escritores entre seus membros. E muito menos eliminar a exigência de um livro publicado para concorrer a uma cadeira entre os "imortais".

As propostas foram apresentadas pelos acadêmicos Cecília Maria Vidigal Ferreira e Hélio Consolaro. Cecília sugeriu mudança no estatuto para incluir-se itens necessários à apresentação para pedido de ingresso, como textos de blog, crônicas de jornal, letras de músicas... Já o Consa queria que livro publicado não fosse mais critério de escolha.

Como esperado, a maioria tratou os temas com aparente descaso e nem ao menos se deu ao trabalho de ler ou se aprofundar nas propostas. Para eles, a Cecília queria 'vaga para blogueiro'.

Vaidade? Orgulho? Poder aquisitivo, afinal precisa ter dinheiro para publicar um livro?

Talvez tudo junto ou apenas medo do novo. E não espero comentários aqui de qualquer um deles, pois a maioria não deve saber como se faz isso. Talvez se aventurassem se os comentários em blogs fossem datilografados, com cópia em papel carbono...

Lamento muito a atitude dos acadêmicos, mas fico feliz por existirem membros como a Cecília e o Consa, com visão moderna e aberta. Foi um passo importante tentar fazer um grupo fechado como esse querer mudar.

Mas como são "imortais" apenas no título, com o tempo serão substituídos por novas gerações visionárias e preocupadas realmente em valorizar escritores em todas as categorias. É a lei da vida.

JOSÉ  MARCOS TAVEIRA - Cia. dos Blogueiros  

QUAL FOI A POSIÇÃO DESTE BLOGUEIRO - HÉLIO CONSOLARO


Sou contra  abrir  vaga EXCLUSIVAMENTE para blogueiros  na AAL
Blogueiro não  é  sinônimo de  escritor.

O escritor está  no jornal,  na revista,  no livro, no  blog, no site,  quando escreve textos literários.

O Jorge Napoleão, por  exemplo, há  muito devia  estar na  AAL, caso não houvesse  a exigência de  livro publicado.

Sou a favor:
a) retirar a  exigência de livro publicado para ser acadêmico, pôr  no lugar o reconhecimento  literário do pretendente  a  ocupar uma cadeira  na  AAL. A literariedade do  candidato precisa  ser comprovada. Exemplos: declaração de um jornal ou revista que ele escreve crônicas, poesia ou contos  há mais  de cinco anos; que  participou  de no mínimo 10  coletâneas publicadas em livros, como é  o caso do Anizio Canola e outros; que venceu 10 concursos  literários (incluindo menção honrosa);  que tem um  blog  de textos literários, apresentando documento do provedor  que que ele esteja no ar há mais de 05  anos.
b) ampliar o número de  cadeiras da AAL.  
Nós precisamos  abrir  a AAL à  participação, isso  não  se faz  apenas a uma categoria.

2 comentários:

Gustavo Lunardelli Trevisan disse...

Como diria Zebedeu ..."...é tudo deleite..."

jhamiltonbrito.blogspot.com disse...

",,,não pergunte por quem os sinos dobram, eles podem estar dobrando por você"