HÉLTON SOUZA
Sexta-Feira - 15/04/2011 - 17h31
Paulo Gonçalves/Folha da Região - 05/04/2011 |
Representantes de movimento durante reunião com vereadores: carta sem sugestão ao prefeito |
Vinte e quatro dias após o grupo formado por representantes de 30 entidades se propor a ajudar tirar Araçatuba do buraco, um documento intitulado "Carta Aberta aos Cidadãos de Araçatuba" será entregue ao prefeito Cido Sério (PT) sem nenhuma sugestão de melhorias para a cidade. O texto deverá ser apresentado à imprensa na terça-feira e entregue no mesmo dia ao chefe do Executivo.
A Folha da Região teve acesso ontem ao documento que, segundo o presidente da subseção local da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Alceu Batista de Almeida Júnior, poderá sofrer mudanças em sua redação até a data da entrega (leia abaixo a íntegra do documento).
Na carta, as entidades que lideraram o movimento - além da OAB, APM (Associação Paulista de Medicina) e Acia (Associação Comercial e Industrial de Araçatuba) também - apresentam balanço das atividades feitas no período, em que destacam objetivos do grupo, o que foi feito, quem foi ouvido e o que foi questionado às autoridades que prestaram esclarecimentos, como Cido, sete vereadores e um promotor.
No final do documento, as entidades enaltecem o próprio trabalho, afirmando que "cumpriram sua responsabilidade social colocando-se à disposição da cidade" e reforçaram que "não podemos ingerir na administração pública".
Em duas folhas de sulfite, a carta não apresenta nenhuma sugestão ao prefeito em qualquer área, seja na Saúde, Educação, Assistência Social, Infraestrutura e até mesmo para resolver os problemas do asfalto. No final, o documento pede "aos cidadãos de nossa cidade que se mantenham informados, participativos, denunciando o que acharem de errado".
A Folha da Região teve acesso ontem ao documento que, segundo o presidente da subseção local da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Alceu Batista de Almeida Júnior, poderá sofrer mudanças em sua redação até a data da entrega (leia abaixo a íntegra do documento).
Na carta, as entidades que lideraram o movimento - além da OAB, APM (Associação Paulista de Medicina) e Acia (Associação Comercial e Industrial de Araçatuba) também - apresentam balanço das atividades feitas no período, em que destacam objetivos do grupo, o que foi feito, quem foi ouvido e o que foi questionado às autoridades que prestaram esclarecimentos, como Cido, sete vereadores e um promotor.
No final do documento, as entidades enaltecem o próprio trabalho, afirmando que "cumpriram sua responsabilidade social colocando-se à disposição da cidade" e reforçaram que "não podemos ingerir na administração pública".
Em duas folhas de sulfite, a carta não apresenta nenhuma sugestão ao prefeito em qualquer área, seja na Saúde, Educação, Assistência Social, Infraestrutura e até mesmo para resolver os problemas do asfalto. No final, o documento pede "aos cidadãos de nossa cidade que se mantenham informados, participativos, denunciando o que acharem de errado".
FALA DEMAIS QUEM NÃO TEM NADA A DIZER
A carta aberta aos cidadãos araçatubenses elaborada pelas entidades que se reuniram sob o pretexto se oferecer ajuda ao atual Governo Municipal, demonstra claramente a coloração e a intenção política de seus idealizadores. Aliás, seu conteúdo já estava pronto antes de qualquer movimento, pois se trata apenas de jogada de marketing para minar o que os atormenta: um governo democrático e popular.
Quem toma atitude de verdadeiramente a ajudar não aguarda chamado, dispõe-se a colaborar proativamente, toma a frente desse processo. Aliás, foram as entidades que se propuseram a “contribuir”, e não o prefeito que pediu socorro. E o que sugeriram estes senhores depois de ouvirem o Executivo e o Legislativo Municipal? Nada... pois não têm o que oferecer. Caso tivessem, de fato, o teriam feito nos oito anos nos quais um médico esteve à frente da Administração Municipal, uma pecuarista ocupou a vice prefeitura, e um dos seus pares era secretário, deixando a cidade em estado precário. Mas o corporativismo e a conveniência calaram suas vozes.
Estas mesmas pessoas que condenam a coragem do Procurador Geral do Município de criticar o Ministério Público, não se deram ao trabalho de expor à opinião pública os vocábulos proferidos em sua primeira reunião, a portas fechadas, após a imprensa retirar-se da sala.
A reunião democrática da qual falam estes elitistas senhores ficou restrita a poucas entidades classistas, e não permitiu a participação de tantas outras, populares. Portanto, em nenhum momento houve debate público, ao menos boa vontade. Houve sim uma conveniente encenação de quem a vida inteira conduziu, ou sempre foi conivente, com os desmandos que geraram as situações que hoje eles criticam.
Estas pobres e desertas almas nunca admitirão que Araçatuba pode dar certo sem sua arrogância, sua presunção, seus interesses corporativistas. O peso de suas cobranças, senhores, não é maior que as súplicas dos moradores da periferia, que hoje são atendidos por este Governo Municipal em equipamentos e programas de assistência social, nas políticas públicas que promovem igualdade de oportunidade na educação, nos novos e bem estruturados serviços de saúde.
Quando os buracos da frente de suas casas forem tapados, como, neste exato momento, estão sendo recuperadas diversas ruas de Araçatuba, os senhores não terão nada a dizer. Ficarão à espreita por outra oportunidade para levantar suas vozes contra o que não lhes é individual e corporativamente conveniente.
Marcelo Teixeira
Secretário Municipal de Comunicação Social
Prefeitura de Araçatuba
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