AGENDA CULTURAL

18.6.11

Liberdade de amar


Numa estação do Metrô de São Paulo, encontrei uma exposição de artes plásticas, como se fosse um jardim naquela megalópole utilitária. E lá, além de quadros, havia esta enorme estátua, que parecia ser a da Liberdade em situação de descanso, sem a sua coroa de pontas, mas ela estava vigilante, apesar do repouso.
Apesar de a placa dos organizadores dizer que era para ver de longe, não ultrapassar a faixa amarela que contornava a estátua, o casal de namorados, bem juvenil, como uma florzinha teimosa, nascida na rachadura do asfalto, se beijava atrás da estátua, sob a sua proteção. Ao solicitar autorização  para fotografá-lo, ambos fizeram pose. Nem se preocuparam em me perguntar se eu não era um fiscal de posturas, uma autoridade proibidora. Também nem quiseram saber onde eu ia usar a foto deles, direito de imagem, essas coisas. Deixaram a vida nos levar. A Estátua da Liberdade, nem em repouso, deixa de proteger a juventude das proibições e boas maneiras.   

Placa da estátua

Estátua da Liberdade

Nenhum comentário: