AGENDA CULTURAL

12.6.11

Um pé no underground e outro no mainstream


Zeca Baleiro
Zeca Baleiro foi um dos músicos que mais souberam se adaptar e reinventar, escapando sem ferimentos graves dos escombros da indústria do disco em desintegração

Por Pedro Alexandre Sanches - REVISTA FÓRUM
A história da música brasileira reservou um desafio aos músicos que andam hoje pela casa dos 40 anos. Conforme chegavam à idade adulta e construíam uma identidade artística, eles foram colhidos pelo desmonte progressivo e contínuo daquela que antes atendia pelo orgulhoso nome de indústria fonográfica, quase sempre pilotada a partir de fora do Brasil, sob nomes como Warner, Sony, Universal etc.
Artistas como Adriana Calcanhoto, Alexandre Pires, Carlinhos Brown, Cássia Eller, Chico César, Chico Science, Daniela Mercury, Eduardo BiD, Fred Zero Quatro, Ivete Sangalo, Leandro Lehart, Mano Brown, Marcelo D2, Marisa Monte, MV Bill, Netinho de Paula, Pato Fu, Pedro Luís, Rita Ribeiro, Seu Jorge e Zélia Duncan construíram a solidez de suas carreiras sobre os alicerces de sempre, ou pelo menos em suas franjas. E então tudo desmoronou. De modo menos ou mais bem-sucedido, todos (à exceção de Chico Science e Cássia Eller, que se despediram mais cedo) tiveram de reaprender a sobreviver de música.
Hoje com 44 anos, o maranhense radicado em São Paulo Zeca Baleiro integra esse grupo com a honra de ser um dos que mais souberam se adaptar e reinventar, escapando sem ferimentos graves (e por vezes até revigorados) dos escombros da indústria em desintegração.

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