Por João Augusto
Realizar. Eis o que buscam os homens que sonham alcançar a eternidade, deixar o nome pela história, marcado em efemérides. Mas há quem seja tão grandioso que desconheça o privilégio de ser sozinho, e escolhe ser aos pares. Decide partilhar a única certeza que carrega embaixo do chapéu surrado dos dias quentes nos campos colombianos. Ali, escondido entre o fim e o começo do que pode parecer nada, Luis Soriano estendeu a mão a gente que nem conhecia. E levou esperança, conhecimento, alegria, nas cestas cheias de livros, penduradas em dois burros, batizados Alfa e Beto. Professor de ofício, ele acredita que, de alguma forma, a leitura pode melhorar a vida das pessoas. O Biblioburro, como ficou conhecida a iniciativa, é mais do que um projeto social. É uma lição de humanidade. Um ato que pede a história, não pela genialidade de quem o pratica, mas pela generosidade de Luis Soriano de oferecer a tantos outros a oportunidade de realizar.
* João Augusto é escritor, poeta e editor da Revista Brasil Que Lê.
Um comentário:
É comum a gente ainda ouvir de uns babacas, de uns tontos que a humanidade não em jeito, que o mundo está perdido.
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