A bebida preferida nos botecos brasileiros ganha espaço nas mesas de degustação. Saiba mais sobre o lado sofisticado do mercado de cervejas. Ao final da matéria, convidamos você a descobrir se conhece mesmo alguma coisa de cerveja e a fazer um teste para saber que estilo vai com cada copo - REVISTA ÉPOCA
Você já as conhece provavelmente desde a primeira festa da faculdade. Loiras, morenas, ruivas, mulatas, até índias, as cervejas são, desde o século XIX, a bebida do gosto geral do brasileiro. Mas a cerveja não é mais apenas aquela bebida barata da mesa do boteco. Os brasileiros começam a apreciá-la como produto de degustação. Assim como o vinho tem seus adeptos, a cerveja ganha seus fãs – e cursos e bares especializados para atender esse público.
A história da cerveja remonta a 8 mil anos – as primeiras provas arqueológicas vêm da região da Mesopotâmia, onde ficava a Suméria. No Egito, há esculturas que mostram a fabricação da bebida. Na Europa, ela começou a ser fabricada em monastérios, na Idade Média, e logo passou a ser consumida amplamente em todo o continente.
“A partir daí, a cerveja se expandiu bastante pelo mundo todo”, diz a sommelier de cervejas Kathia Zanatta. Segundo ela, que foi a primeira brasileira a se formar sommelier, na Alemanha, a cerveja começou a perder seu status de bebida sofisticada e se massificou depois da Segunda Guerra Mundial, quando a pilsen tomou conta do mercado e levou ao esquecimento de diversos outros estilos de cerveja. “Hoje, o momento que vivemos é o que se costuma chamar de Renascimento da cerveja, que traz de volta a cultura cervejeira, principalmente com as cervejarias artesanais”, afirma Kathia.
O cervejeiro Alexandre Sigolo – sócio da microcervejaria Sinnatrah, que promove cursos de preparo da bebida em São Paulo – diz que a cerveja não virou vinho agora e que ela sempre foi sofisticada. “O que aconteceu é que aprendemos a olhar para ela”, afirma.
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