Depois do divórcio e filhos criados, chega a hora de encontrar um novo amor
www.maisde50.com.br - site badalado - por Llana Ramos
Não, não é fácil abrir as portas do coração e deixar o amor entrar de novo. Principalmente após um relacionamento anterior muito longo e/ou frustrante. Mas, como já dizia a velha música de Jorge Aragão, chega uma hora em que é preciso levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Na maturidade, com a liberdade garantida e um empurrãozinho da internet, um final feliz pode estar ao alcance de todos.
Pode parecer que não, mas a vida pede para seguir em frente mesmo após o fim. É o caso de Lucia Pereira de Oliveira, de 66 anos. "Ainda não reconstruí minha vida com outra pessoa, pois o término do meu relacionamento ainda é muito recente, apenas um ano. Mas não sofro mais com isso e já estou pronta para o recomeço. Eu acho que as pessoas que ficaram sozinhas têm, sim, o direito de buscar um novo amor. A solidão não faz bem à ninguém. Mas não se deve sair correndo atrás, desesperadamente. O importante é ter calma e prudência nas escolhas, para não se magoar depois", diz.
Não há nada de errado em se construir uma nova relação após o término de outra. No entanto, o medo do que os outros vão pensar acaba entrando no caminho e impedindo a construção de um novo relacionamento. A psicóloga e psicoterapeuta Elaine Marini diz acreditar que "a questão da autoestima, o desapego das questões negativas do relacionamento anterior e a preocupação com julgamento de outras pessoas são as maiores dificuldades que as pessoas maduras encontram na hora de voltar a namorar após um rompimento. Isso é, de certa forma, natural, especialmente se o medo for do julgamento dos filhos. O importante é conversar com eles, deixando-os cientes da importância de um novo relacionamento, de não se sentir sozinho e que cada um tem sua vida e tem o direito de ser feliz".
A internet chegou para ficar e, convenhamos, é uma mão na roda na hora de voltar à ativa. De acordo com Elaine, "os sites de relacionamento ajudam bastante. A troca de informações sobre si mesmo via internet é muito mais tranquila do que pessoalmente e isso favorece a aproximação, a afetividade. Nesse tipo de exposição, se as partes percebem que não há afinidade, já saem fora e vão em busca de outras pessoas. Quando percebem a afinidade e se veem pessoalmente, a relação está praticamente consolidada e aí tudo fica mais tranquilo".
A novidade causa estranhamento à primeira vista, especialmente quando se cria muita expectativa em torno do que está para acontecer. "Devemos levar em consideração que as preferências mudam. Quando se trata de sexo propriamente dito, nunca devemos estar numa relação pensando no que vai ou não fazer porque o sexo acontece. É como dançar. A gente dança conforme a música e, dependendo da música, você percebe que sabe dar alguns passos que nunca imaginou. O saudável é deixar acontecer de forma natural e espontânea. O desejo é algo natural", garante Elaine.
Não adianta fazer comparações. Depois que o primeiro passo foi dado e já existe uma relação afetiva, a regra é viver a experiência como se fosse a primeira. Elaine diz que "em qualquer relacionamento, o mais importante é compartilhar experiências, ter cumplicidade. Numa relação afetiva, o fator surpresa, o carinho e a atenção são fundamentais para estimular a convivência e a relação. Dica: comportem-se sempre como namorados, estimulando a relação, ou seja, passeando com o parceiro, presenteando-o e amando-o sempre como se fosse a primeira vez. A conquista é a chave de qualquer relação afetiva e a receita de um casamento feliz".
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