AGENDA CULTURAL

18.3.12

Fabrício Carpinejar define crônica

Como cronista, me sinto vingado com essa definição estupenda de Fabrício Carpinejar



A crônica é um jeito que o brasileiro descobriu para fazer poesia à paisana, contos à paisana, romances à paisana. É um golpe civil. Crônica tem uma superficialidade enganosa: por ser curta e de temas prosaicos, parece que é inofensiva. Sua profundidade reside no tom baixo de amizade. Sua agressividade é a ternura. Escrever crônicas é fazer amizades, contar segredos e confidências, é ajudar verdadeiramente as pessoas a não se conformarem.

Sobre o autor: O jornalista e poeta Fabrício Carpi Nejar, ou Fabricio Carpinejar, nasceu em Caxias do Sul no dia 23 de Outubro de 1972. É mestre em Literatura brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A junção do seu sobrenome veio em seu primeiro livro poético, As solas do sol, de 1998. Ganhou o reconhecimento do público com Caixa de sapatos, livro publicado em 2003.

3 comentários:

Rita Lavoyer disse...

O cara é o cara!
Comi e bebi dele o corpo e a alma que ele introduziu nas suas interpretações.
Captei dele reflexões que possibilitaram-me externá-las, grandiosas foram as lidas na lida que ele me proporcionou.
Ele me fez sentir importante para interpretar junto com ele as literaturas vividas ali naquela Biblioteca.
A Arte reviveu ali diversas formas. O projeto é bom, mas o Fabrício é melhor.

Unknown disse...

"Sua agressividade é a ternura".

Então acabo de descobrir porque minhas crônicas são tão apreciadas...ternura é o meu sentimento, se eu fosse um.

Sem nenhuma modéstia. rs
Os melhores cronistas possuem a alma livre e leve e o coração aberto ao novo, ao belo, ao tudo, ao nada.
Rigidez linguística ou de alma não são elementos da crônica. Muito legal, secretário!

Anônimo disse...

Gostei muito da definição de cronica.
Tomara ela nos livre da maldição da lingua preta.
Emília Goulart