Hélio Consolaro* - jornal O LIBERAL, 14/7/2012
Em muitos jogos de
futebol, o juiz chama mais a atenção do que os próprios jogadores dos dois
times em contenda. Dizem os entendidos em futebol que juiz bom é aquele que põe
ordem no jogo com discrição, sem gestos largos e distribuição farta de cartões.
Podemos fazer a metáfora
com as eleições em Araçatuba. O juiz aparece mais que a disputa eleitoral.
O
magistrado faz o papel dele, impõe a disciplina, mas, como pai autoritário, a
toda hora é exigido pelos filhos, que constantemente estão denunciando o outro:
- Pai, o Gugu me beliscou!
- Pai, a Paty desligou a
televisão!
E assim distribui castigos
para todos. Iniciou com o castigo
máximo, não houve gradação. No primeiro momento, o tucano Dilador Borges, por
meio do PDT, fazia do judiciário um dos braços de ação do candidato da oposição
tucana para denunciar a situação petista.
Os partidários de Cido
Sério, cansados de multas, resolveram testar a imparcialidade do magistrado, e
também faz denúncias por meio do PSDC. Assim, a disputa eleitoral se tornou uma
briguinha de comadres com direito a juiz. Virou um denuncismo.
Há uma nova geração de
magistrados brasileiros que encontrou a democracia pronta, não sabe quanto trabalho
deu construí-la, quantas vidas foram consumidas. Assim tratam candidatos como contraventores e
acham que campanha eleitoral é subversão.
Há muito tempo escrevo que
devíamos agradecer as pessoas que se dispõem a ser candidatas (por qualquer
partido), porque elas sustentam a democracia, e campanha eleitoral é um direito
da cidadania. Ser político é abandonar o jardim (a vida privada) e assumir a
cidade (a vida pública), e a campanha se parece muito com o antigo trote
estudantil, uma prova de fogo.
Há tecnocratas que gostam
de prateleiras e armários organizadinhos, tudo etiquetado, por isso não gostam
da suposta “bagunça” democrática, onde a diversidade se manifesta e todos os
segmentos participam.
Qual é a solução? Quem é o
culpado? A democracia se faz por uma construção coletiva. Arrumar culpados não resolve problemas, a solução está em todos nós.
É bem provável que o
relato aqui feito faça parte dessa aprendizagem. Só devemos ter em mente que a
democracia é o melhor regime político, nunca podemos colocá-la em risco, pois
ela nos oferece um caminho seguro para as soluções de nossos problemas.
Democracia não é uma estratégia, ela é uma valor universal.
Hélio Consolaro é professsor, jornalista, escritor. Atualmente é secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP
A ação segura e serena da Justiça Eleitoral é certeza de que o pleito deve transcorrer em clima de harmonia e igualdade lentre os candidatos. Não existe eleição democrática quando não há igualdade para os candidatos em disputa. A igualdade deve começar exatamente no cumprimento à lei. Quando determinados candidatos agem rigorosamente dentro da lei e outros procuram de tod aformas burlá-la, há o desequilíbrio.Se a Justiça não age prontamente, estabelce-se a concordância desleal. O ideal seria que todos atuassem sdentro da norma legal, mais isso é utópico. Não se pode criticar a Justiça Eleitoral por agir para restabelecer a ordem, porque neste caso se faria a defesa do descumprimento da lei. Se a Justiça age é porque alguém não está agindo corrtamente. O ideal seria não precisar de tantos processos, pois significaria que todos estaam respeitando as normas. Antes de uma justiça ativa para manter a ordem do que a omissão.
MAIS UMA EXPLICAÇÃO DESTE BLOGUEIRO
A Justiça Eleitoral em Araçatuba não convocou os partidos para uma reunião de orientação, como ação preventiva. Nem aplicou as multas gradualmente.
Coluna BASTIDORES, jornal O Liberal de 15/7/2012:
A ação segura da justiça eleitoral garante o equilíbrio na disputa, evitando distorções e abusos
A Justiça Eleitoral em Araçatuba não convocou os partidos para uma reunião de orientação, como ação preventiva. Nem aplicou as multas gradualmente.
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