AGENDA CULTURAL

3.1.13

Geraldo Ribeiro: honrado cidadão araçatubense

Folha de Dourados (MS): 1.º/01/2013.
 
Geraldo Ribeiro morreu ontem, aos 94 anos, vítima de piora no quadro de infecção e anemia. Ele é pai do arquiteto douradense Luiz Carlos Ribeiro.

O corpo foi sepultado na tarde de ontem em Araçatuba (SP), cidade onde ele residia. Geraldo foi alfaiate em Araçatuba e por muitos anos militou no PCB, tendo sido perseguido e preso durante o regime militar.

Ele era natural de Barretos (SP), mas morava em Araçatuba desde criança. Era viúvo de Paulina Biagi, natural de Araçatuba.

Entre outros feitos políticos, Geraldo acompanhou Luiz Carlos Prestes em Araçatuba e Marília (SP) durante a campanha eleitoral de 1945 quando o líder comunista foi o candidato ao Senado mais votado do país. Acompanhou também o escritor Jorge Amado por diversas vezes em comícios no interior paulista.
Luiz Carlos Ribeiro e seu pai Geraldo Ribeiro na Casa da Cultura Adelino Brandão em Araçatuba, em 2009, por ocasião do lançamento do livro "RIBEIRO: Arquitetura, Urbanismo e Meio Ambiente Exercício de Cidadania". Acesse o livro, clicando aqui

Homem culto e respeitado por suas convicções políticas e de vida, seu Geraldo deixa outros dois filhos, além de Luiz Carlos. São eles, Marcos Biagi Ribeiro e Gilberto Antônio Ribeiro.

Comentários deste blogueiro: dos filhos de Geraldo Ribeiro, o Marcos conheço há mais tempo, mas sem muita aproximação. Já fui seu cliente em vários ramos de negócio. Marido da companheira de magistério, a Leila.

Não conheço o Gilberto, mas tenho uma grande amizade com o Luiz Carlos Ribeiro, arquieto, escritor. Ao visitar o pai no condomínio do Multishop, sempre passava pela Secretaria Municipal de Cultura para tomar um café, bater um papo.     

Bem recentemente, encontrei Luiz Carlos e Marcos com Seu Geraldo no Calçadão da Marechal. Cumprimentei os três. Mal sabia que era a última vez que apertava a mão daquele honrado cidadão.

Com certeza, Geraldo Ribeiro morreu feliz, cumpriu sua missão, exerceu sua cidadania, soube viver a vida em todos os momentos. Ele merece ser homenageado, pois soube contestar, foi perseguido, mas nunca perdeu a sua dignidade.

Um comentário:

osvaldir magrão disse...



Esse era gente boa , ha tempos nem eu e nem minha esposao via, ele ia diariamente ao mercado, (na epoca do passareli) buscar pãozinho e tomar o café fresquinho que minha mulher fazia, que na epoca era promotora do cafe brasil, ele dizia não conseguir ficar parado.... gente boa ...