AGENDA CULTURAL

10.2.13

Deixamos de ser um país subordinado, que seguia ordens do FMI


Em entrevista à Brasileiros, Guido Mantega afirma que a fase atual de transformações dá sequência a uma primeira revolução, iniciada no governo Lula e marcada pela retomada do crescimento e pela redução da desigualdade. As condições estão dadas, segundo o ministro, para o investimento deslanchar, apesar das sombras que pairam sobre a economia internacional
 O mercado de câmbio brasileiro estava mais tenso que de costume no dia 23 de novembro. A cotação do dólar passava de R$ 2,10, quando o Banco Central fez um leilão de swap cambial 
(o que equivale a vender a moeda americana no mercado futuro) e inverteu a tendência de alta. Pela manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria afirmado para uma plateia de empresários que ainda não era o ideal. “Não falei que o câmbio ia mais para cima”, salientou o ministro, horas mais tarde, durante a 
entrevista concedida à Brasileiros, em seu gabinete na capital paulista. “Mas isso já bastou para chutar a cotação para cima.” Em vez de lamentar o episódio, Mantega ressaltou como os pronunciamentos das autoridades do governo ganharam uma influência inédita sobre os mercados. “Instrumento bom é aquele que não precisa nem usar”, comentou, lembrando que as regras adotadas para coibir a especulação com o real deixaram em estado de alerta os investidores. Essa maior sensibilidade dos agentes econômicos é um dos trunfos da equipe econômica para deixar no passado a época em que a alteração da taxa básica de juros era praticamente a única ferramenta de política monetária. Superado esse obstáculo, abre-se caminho para mudanças na condução da economia, que o ministro comenta nas linhas a seguir.


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