6 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 13:16
247 – Entre a quarta-feira 9 e o domingo 13, o Brasil será um dos destaques da Feira do Livro de Frankfurt, considerada a mais importante do mundo. O pavilhão terá obras e a presença de 33 autores brasileiros de prosa, oito de poesia, 11 de livros infantojuvenis, cinco de crítica, nove de conhecimentos, saberes e biografias e quatro de histórias em quadrinhos. O best seller Paulo Coelho não estará entre eles. Ele criticou a organização coordenda pelo Ministério da Cultura, como justificativa para a ausência, mas essa história tem um outro lado.
O "mago", na verdade, tentou dar as cartas na organização do pavilhão brasileiro na feira. Ele busca essa influência, para definir participantes e assegurar um grande espaço individual para si próprio, desde os tempos de Galeno Amorim na presidência da Biblioteca Nacional.
Sem ter conseguido atuar sobre a curadoria, Coelho passou a fazer uma série de exigências para participar da Feira, como um auditório com 2 mil lugares para dar uma conferência e a recusa de participar de mesas de debates ao lado de colegas. Ele sabia que, no espaço brasileiro, o ambiente construido para abrigar debates tem capacidade para 180 lugares. Ficou inviável.
Coelho, especialmente, exigiu ser o orador na abertura da feira, mas de novo frustrou-se. Os escolhidos a subir ao palco foram Ana Maria Machado, autora de literatura infantojuvenial que é presidente da Academia Brasileira de Letras, e Luiz Ruffato, vencedor do Troféu APCA, oferecido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, e do Prêmio Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional.
O famoso escritor também queria, como num passe de mágica, fazer sua seleção particular de bons escritores. Na vida real, nada do que Paulo Coelho tentou conseguir além das condições oferecidas aos demais autores que estão indo à feira foi aceito.
A escolha dos 70 autores que integram a comitiva do Brasil na Feira do Livro foi feita por uma curadoria compartilhada entre o crítico literário Manuel da Costa Pinto, o coordenador da programação literária brasileira em Frankfurt, Antonio Martinelli, e a professora Antonieta Cunha.
Entre os critérios adotados, livros traduzidos para o alemão, volume de vendas, tendência dos leitores e outros. Coelho estava incluido, é claro, no rol de escritores escolhidos, mas sua exigência de estrela o levaram a ficar de fora.
A Feira do Livro de Frankfurt deve reunir mais de sete mil expositores de 100 países e receber entre 250 mil e 300 mil visitantes. Os 70 escritores participarão de 32 mesas que abordarão os mais diversos temas ligados aos seus trabalhos e área de conhecimento, diariamente, no auditório do Pavilhão Brasileiro, que será montado na Feira.
O pavilhão brasileiro conta com uma grande exposição artística num espaço de 2.500 metros quadrados. O Projeto Frankfurt do Brasil selecionou um total de 92 autores. Os que não estão na feira de Frankfurt participaram de outros eventos literários na Alemanha.
A preparação para chegar a Frankfurt contou com a marca inédita de 422 bolsas de apoio à tradução desde 2010, quando o País aceitou o compromisso de ser homenageado em 2013. Em menos de dois anos, 110 obras foram publicadas na Alemanha.
Nas palavras da ministra da Cultura, Marta Suplicy, em coletiva realizada esta semana no Rio de Janeiro, "Frankfurt é uma extraordinária oportunidade para o Brasil fortalecer sua imagem literária e cultural na Europa".
"O Ministério tem batalhado muito na questão do "soft power". Não é só uma feira importante para a literatura, mas para a imagem do Brasil e para sua cultura que será mostrada para o mundo por vários meses", ressaltou a ministra.
OBSERVAÇÕES DO CONSA: adentrei um hipermercado em Roma. Na banca de livros, onde havia apenas best-sellers, encontrei uma agenda em italiano do Paulo Coelho, aquelas que pensamentos do escritor. De brasileiro, na banca, apenas ele. Mas ele não precisa ser tão mala assim.
6 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 13:16
247 – Entre a quarta-feira 9 e o domingo 13, o Brasil será um dos destaques da Feira do Livro de Frankfurt, considerada a mais importante do mundo. O pavilhão terá obras e a presença de 33 autores brasileiros de prosa, oito de poesia, 11 de livros infantojuvenis, cinco de crítica, nove de conhecimentos, saberes e biografias e quatro de histórias em quadrinhos. O best seller Paulo Coelho não estará entre eles. Ele criticou a organização coordenda pelo Ministério da Cultura, como justificativa para a ausência, mas essa história tem um outro lado.
O "mago", na verdade, tentou dar as cartas na organização do pavilhão brasileiro na feira. Ele busca essa influência, para definir participantes e assegurar um grande espaço individual para si próprio, desde os tempos de Galeno Amorim na presidência da Biblioteca Nacional.
Sem ter conseguido atuar sobre a curadoria, Coelho passou a fazer uma série de exigências para participar da Feira, como um auditório com 2 mil lugares para dar uma conferência e a recusa de participar de mesas de debates ao lado de colegas. Ele sabia que, no espaço brasileiro, o ambiente construido para abrigar debates tem capacidade para 180 lugares. Ficou inviável.
Coelho, especialmente, exigiu ser o orador na abertura da feira, mas de novo frustrou-se. Os escolhidos a subir ao palco foram Ana Maria Machado, autora de literatura infantojuvenial que é presidente da Academia Brasileira de Letras, e Luiz Ruffato, vencedor do Troféu APCA, oferecido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, e do Prêmio Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional.
O famoso escritor também queria, como num passe de mágica, fazer sua seleção particular de bons escritores. Na vida real, nada do que Paulo Coelho tentou conseguir além das condições oferecidas aos demais autores que estão indo à feira foi aceito.
A escolha dos 70 autores que integram a comitiva do Brasil na Feira do Livro foi feita por uma curadoria compartilhada entre o crítico literário Manuel da Costa Pinto, o coordenador da programação literária brasileira em Frankfurt, Antonio Martinelli, e a professora Antonieta Cunha.
Entre os critérios adotados, livros traduzidos para o alemão, volume de vendas, tendência dos leitores e outros. Coelho estava incluido, é claro, no rol de escritores escolhidos, mas sua exigência de estrela o levaram a ficar de fora.
A Feira do Livro de Frankfurt deve reunir mais de sete mil expositores de 100 países e receber entre 250 mil e 300 mil visitantes. Os 70 escritores participarão de 32 mesas que abordarão os mais diversos temas ligados aos seus trabalhos e área de conhecimento, diariamente, no auditório do Pavilhão Brasileiro, que será montado na Feira.
O pavilhão brasileiro conta com uma grande exposição artística num espaço de 2.500 metros quadrados. O Projeto Frankfurt do Brasil selecionou um total de 92 autores. Os que não estão na feira de Frankfurt participaram de outros eventos literários na Alemanha.
A preparação para chegar a Frankfurt contou com a marca inédita de 422 bolsas de apoio à tradução desde 2010, quando o País aceitou o compromisso de ser homenageado em 2013. Em menos de dois anos, 110 obras foram publicadas na Alemanha.
Nas palavras da ministra da Cultura, Marta Suplicy, em coletiva realizada esta semana no Rio de Janeiro, "Frankfurt é uma extraordinária oportunidade para o Brasil fortalecer sua imagem literária e cultural na Europa".
"O Ministério tem batalhado muito na questão do "soft power". Não é só uma feira importante para a literatura, mas para a imagem do Brasil e para sua cultura que será mostrada para o mundo por vários meses", ressaltou a ministra.
OBSERVAÇÕES DO CONSA: adentrei um hipermercado em Roma. Na banca de livros, onde havia apenas best-sellers, encontrei uma agenda em italiano do Paulo Coelho, aquelas que pensamentos do escritor. De brasileiro, na banca, apenas ele. Mas ele não precisa ser tão mala assim.
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