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Capa do livro |
Hélio Consolaro*
RESENHA: Diagnosticada
com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém
viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença,
ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece
Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que também sofre com câncer. Os dois
possuem visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a
dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria
marca no mundo. Apesar das diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os
principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se
manter otimistas e fortes um para o outro (site Adoro Cinema).
Ao ler o livro e depois ver o filme, um melodrama, percebi
que a história tinha algo renovador. Não é que o livro está sendo proibido de
ser recomendado em certas escolas norte-americanas...Isso não é novidade porque se existe um país que é um poço
de conservadorismo são os Estados Unidos da América.
Comprei o livro, li-o, porque queria me sentir como um consumidor
de best-seller, coisa rara em minha vida. E acertei a mão, gostei da leitura.
Diferente de Paulo Coelho, que parei no Alquimista.
A história de “A culpa é das estrelas“, escrita pelo jovem
escritor, tem a cara de hoje, com celulares, torpedos, internet, grandes
cidades. Um Romeu e Julieta moderno cujo vilão não são os pais, nem a igreja,
mas o câncer. A doença interrompe o amor juvenil com a morte de um dos
componentes do par amoroso: Hazel Grace Lancaster e Augustus Waters. Eles se
conheceram num grupo de apoio, quando sabiam que estavam com a doença.
Quando a história do livro é transformada em filme, sempre leio
primeiro o livro, depois assisto ao filme e quase sempre gosto do primeiro. Em “A
culpa é das estrelas”, gostei mais do filme, pois foi mais emocionante, me
tocou mais. Segundo crítico de cinema Bruno Carmelo “uma das raras produções
adaptadas de uma obra literária que não parece corrida demais, sedenta para
incluir o máximo de reviravoltas possível. O ritmo da narrativa é fluido,
graças igualmente a uma edição discreta e eficiente”, sem querer ser muito diferente
do livro.
Cartaz do filme
Livro bom, filme bom é aquele me emociona, toca a minha
vida, por isso gostei de ler e assistir as obras homônimas. Apesar de sessentão,
a história ressuscitou a crença em mim de que o amor entre um homem e uma
mulher pode ser infinito, porque nós somos infinitos, mas continuo achando que
tudo isso é verdadeiro enquanto dure, como cantou Vinícius de Moraes. Talvez a
idade esteja me deixando mais emotivo.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor.
Secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP
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