AGENDA CULTURAL

14.11.14

Poeta do palavrão

Nanu da Silva, conhecido no cartório de registro civil por Válter Alves e pelos colegas de trabalho por Capote, é um sujeito que consegue viver com suas neuroses.


Já passou dos 40 anos, está de cabelos brancos, mas ainda não criou juízo, continua sua vida dadaísta, escandalizando. 

Ex-funcionário da antiga autarquia Departamento de Água e Esgoto de Araçatuba, com a extinção dela, escolheu a biblioteca municipal Rubens do Amaral como local de trabalho.

Conheço Nanu da Silva de outros carnavais, antes de ele ser funcionário de uma secretaria da qual sou secretário.

Durante a semana, era um burocrata do Daea, nos fins de semana adquiria o visual “punk” e saía pelas quebradas. Com essa vida ambígua, conseguiu se casar e ter duas filhas. Sorte delas!?

Quando conversamos e o designei para a biblioteca, onde só trabalha mulheres, criou-se o pânico. Hoje, se integrou e não existe funcionário mais responsável.

Até fez uma exposição dadaísta no Museu Araçatubense de Artes Plásticas, ganhou o troféu Odette Costa por isso, mas não foi recebê-lo (seria muito aburguesamento).

Quando o fotógrafo foi tirar uma foto dele para fazer uma projeção de eslides durante a solenidade, para não quebrar a linha narrativa de sua vida, veja como ele posou para a foto.

O livro de edição alternativa “O diálogo” faz uma afronta ao cristianismo, porque todo revoltado escreve palavrão e não gosta de religião – não se enquadra. E Nanu da Silva não é diferente. Ele se propõe a falar da vida de Jesus Cristo entre 10 e 30 anos , aquele período obscurecido da vida do Mestre. Campo fértil da criatividade.  
   
Um de seus pseudônimos é Anigav, que é “vagina” ao contrário. Nanu da Silva ainda não conseguiu conviver em paz com esse órgão feminino.  O rapaz tem problemas.

“O Diálogo”, 250 páginas, publicado pela Imprensa Marginal: anarcopunk.org/imprensamarginal
R$ 10,00
Eis o Nanu da Silva em foto posada 
BIOGRAFIA  
Nanu da Silva, putoeta, rabiscador e amante das letras e palavras, grapixeiro... Nasceu na cidade de Araçatuba-SP, rabiscou vários livros de putoesias, livretos. Rabiscou seu primeiro romance “. O VATICANO”, o segundo “TALES, A PEQUENA MOEDA 200 RÉIS 1938” a moeda contando as mãos que a tocaram, vai de 1938 a 1942. Ela perde valor e vai até 2008. O seu terceiro, “O DIÁLOGO”. 



Um comentário:

Patrícia Bracale disse...

Uma Figura e superacessível.