Nanu da Silva, conhecido no cartório de registro civil por
Válter Alves e pelos colegas de trabalho por Capote, é um sujeito que consegue
viver com suas neuroses.
Já passou dos 40 anos, está de cabelos brancos, mas ainda
não criou juízo, continua sua vida dadaísta, escandalizando.
Ex-funcionário da
antiga autarquia Departamento de Água e Esgoto de Araçatuba, com a extinção
dela, escolheu a biblioteca municipal Rubens do Amaral como local de trabalho.
Conheço Nanu da Silva de outros carnavais, antes de ele ser
funcionário de uma secretaria da qual sou secretário.
Durante a semana, era um
burocrata do Daea, nos fins de semana adquiria o visual “punk” e saía pelas quebradas.
Com essa vida ambígua, conseguiu se casar e ter duas filhas. Sorte delas!?
Quando conversamos e o designei para a biblioteca, onde só
trabalha mulheres, criou-se o pânico. Hoje, se integrou e não existe
funcionário mais responsável.
Até fez uma exposição dadaísta no Museu Araçatubense de
Artes Plásticas, ganhou o troféu Odette Costa por isso, mas não foi recebê-lo
(seria muito aburguesamento).
Quando o fotógrafo foi tirar uma foto dele para fazer uma projeção
de eslides durante a solenidade, para não quebrar a linha narrativa de sua vida,
veja como ele posou para a foto.
O livro de edição alternativa “O diálogo” faz uma afronta ao
cristianismo, porque todo revoltado escreve palavrão e não gosta de religião –
não se enquadra. E Nanu da Silva não é diferente. Ele se propõe a falar da vida
de Jesus Cristo entre 10 e 30 anos , aquele período obscurecido da vida do Mestre. Campo fértil da criatividade.
Um de seus pseudônimos é Anigav, que é “vagina” ao
contrário. Nanu da Silva ainda não conseguiu conviver em paz com esse órgão
feminino. O rapaz tem problemas.
“O Diálogo”, 250 páginas, publicado pela Imprensa Marginal:
anarcopunk.org/imprensamarginal
R$ 10,00
Eis o Nanu da Silva em foto posada |
BIOGRAFIA
Nanu da Silva, putoeta, rabiscador e amante das letras e
palavras, grapixeiro... Nasceu na cidade de Araçatuba-SP, rabiscou vários
livros de putoesias, livretos. Rabiscou seu primeiro romance “. O VATICANO”, o
segundo “TALES, A PEQUENA MOEDA 200 RÉIS 1938” a moeda contando as mãos que a
tocaram, vai de 1938 a 1942. Ela perde valor e vai até 2008. O seu terceiro, “O DIÁLOGO”.
Um comentário:
Uma Figura e superacessível.
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