Totem atualizado |
Hélio Consolaro*
A arte é a impressão digital da alma. Assim, a Praça das
Artes vai transformar aquilo que é público, a cidade, no recanto de pessoas que
gostam de expressar sua subjetividade.
Até parece uma apropriação indébita, pensando em que o
público é a expressão da cidadania, do coletivo. Seria como transformar uma
coisa pública no jardim da casa de cada artista.
Mas a cidade por tanto representar o coletivo, no decorrer do
tempo foi abandonada pelo individual, desumanizou-se, parece tudo, menos lugar
ameno, ou transformou-se, em certos, casos como casa de moradores de rua.
Araçatuba é a cidade das praças. Temos mais de 100. Algumas
com destinação específica, outras sendo cuidadas por moradores vizinhos ou
empresas, muitas por ela mesma.
A Prefeitura de Araçatuba tem procurado cuidar delas,
algumas por meio da Secretaria Municipal de Cultura. Assim ocorre com a Praça
Sakusuke Nó, na avenida Cussy de Almeida, defronte à Casa Europa (padaria).
Será um lugar de produção, exposição e comercialização de artes visuais
(pintura, escultura, fotografia).
Um projeto mais caro, mas que teria repercussão social
significativa, seria transformar a Praça São Joaquim na Praça do Artesão. No
centro, se construiria a Casa do Artesão, com banheiros públicos e outros
reservados para os artesãos. Além de uma praça de alimentação (alimento
artesanal). Salas para guardar o material usado na venda durante o dia. Em
volta, seriam construídos quiosques. Ela fica bem próxima ao centro de Araçatuba
e à noite, atualmente, é ocupada por mendigos.
Fachada do ateliê de Aline Lopes, artista plástica de Araçatuba, criando, já, uma ambiência com a Praça das Artes |
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP
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