247 – Prestes a embarcar em uma turnê internacional, Caetano
Veloso e Gilberto Gil se dizem preocupados com a onda conservadora que tem
surgido no Brasil.
Ambos presos pela ditadura em 1968, eles dizem ter se
revoltado com grupos que defendiam a volta das Forças Armadas e uma
"intervenção militar já" em manifestações contra o governo Dilma.
"Isso para mim é ofensivo. É ofensivo à minha
sensibilidade e à minha inteligência", diz Caetano, em entrevista à ‘Folha
de S. Paulo’.
"Aquilo ali era uma coisa de algumas pessoas, uma
maluquice. Mas é sintoma. Há uma questão no mundo com isso mesmo, o
renascimento de forças nitidamente reacionárias. A questão não é que elas sejam
conservadoras. O problema é que são reacionárias, são forças de reação a
qualquer progresso."
Segundo Caetano, o sintoma se apresenta também no Congresso:
"Esses projetos que estão sendo votados no Congresso são horríveis, eu não
gosto dessa movimentação, desse negócio ─ diminuição da maioridade
penal, bancada da bala, essa tentativa de restringir mais ainda o aborto, não
abrir para uma legalização do aborto. Toda essa tendência conservadora, essa
pauta", afirma.
Ele cita movimentações do presidente da Câmara, Eduardo
Cunha: “Não me sinto bem com o que está acontecendo ali” (leia mais).
Nenhum comentário:
Postar um comentário