01 de junho de 2015 às 18:48

por Luana Tolentino, especial para o Viomundo
A notícia que deveria ser motivo de ampla comemoração, simplesmente foi omitida por todos (todos!) os jornais e revistas da “grande” imprensa nacional. Tivéssemos uma mídia democrática, tamanha conquista estamparia a capa dos impressos e ganharia destaque nos programas do rádio e da televisão.
O silêncio da mídia e o ódio de classe contra o Bolsa Família, cuja importância é reconhecida internacionalmente, escancaram a oposição midiática ao governo petista, o caráter excludente da sociedade brasileira e a “cultura do desprezo” pelos mais pobres.
O ex-presidente Lula sintetizou de forma magistral o comportamento da mídia e de parte dos brasileiros: “Eu pensava que as pessoas iam ficar felizes ao verem os pobres começarem a comer. Mas não, eles se incomodam”.
Luana Tolentino é Professora e Historiadora. É ativista dos movimentos Negro e Feminista
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Fome cai 82% em 12 anos no Brasil, afirma ONUQueda é a maior registrada entre as seis nações mais populosas do mundo, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)
O Brasil reduziu em 82,1% o número pessoas subalimentadas no período de 2002 a 2014. A queda é a maior registrada entre as seis nações mais populosas do mundo, e também é superior a média da América Latina, que foi de 43,1%.
Os dados são do relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) nesta quarta-feira (27). O documento aponta ainda que o Brasil alcançou as metas estabelecidas pelas Nações Unidas em relação à fome nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“O relatório confirma o esforço e reconhece a trajetória do Brasil na ação de redução da pobreza e do combate à fome”, ressaltou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Entre os seis países mais populosos, o Brasil é também aquele que apresenta a menor quantidade de pessoas subalimentadas, apresentando ainda um total de 3,4 milhões. Número que representa pouco menos de 10% da população da América Latina, que é de 34,3 milhões.
Ainda segundo o relatório da FAO, entre os principais motivos que levaram o Brasil a conquistar as metas estabelecidas pela ONU estão: prioridade política da agenda de erradicação da fome e da desnutrição; compromisso com a proteção social consolidado por meio de programas de transferência de renda; crescimento econômico; e fomento à produção agrícola via compras governamentais.
Transferência de renda
O Programa Bolsa Família e as ações de segurança alimentar desenvolvidas pelo governo brasileiro foram citadas pela relatório como cruciais para o crescimento inclusivo que o Brasil alcançou.
A ministra Tereza Campello destacou que o governo continuará trabalhando para reduzir ainda mais a fome e a pobreza no País, assim como para enfrentar os novos desafios que surgiram com a nova configuração econômica e social do Brasil.
“O Brasil saiu do Mapa da Fome. Temos a primeira geração de crianças alimentadas, que estão na escola e não vão repetir a trajetória de seus pais. E nos deparamos com o Brasil vivendo problemas de saúde típicos de países desenvolvidos, como a obesidade”.
'LULA É O MAIOR LUTADOR CONTRA A FOME NO MUNDO'
Frase foi dita por Kenneth M. Quinn, que atuou durante 32 anos no Departamento de Estado norte-americano e hoje preside a World Food Prize Foundation, instituição que premia cidadãos que mais contribuem para o combate à fome no mundo; “Repartir o pão é o primeiro passo para construir a paz" disse Lula na 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma
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