São Paulo - Com três penitenciárias superlotadas, a cidade de Lavínia, no oeste paulista, tem mais da metade de seus habitantes na prisão. Dos 9.995 moradores contabilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5.288 estão presos nas unidades que têm capacidade total para 2.304 detentos.
Não foi à toa que em 2012 Lavínia elegeu um carcereiro como prefeito. Mário Hiroshi Yamashita (PSDB), de 63 anos, é agente penitenciário e já trabalhou num dos presídios da cidade.
Segundo ele, as penitenciárias, inauguradas a partir de 2002 a 3,5 km do centro, turbinaram a economia a ponto de ele pleitear a quarta unidade.

"Só com a folha de pagamento dos 800 funcionários, são R$ 2,5 milhões por mês. Antes só tinha um táxi. Hoje são 35. Pousada, não tinha nenhuma. Hoje temos seis. A cidade fica mais segura porque tem mais policiais", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO:
Enfim, Lavínia encontrou sua vocação econômica e assume com orgulho tal condição.


O carcereiro, agora como prefeito, vigia os presidiários, mas também os funcionários e a população. 

Logo, logo, Mário Hiroshi vai ser chamado de prefeito de porta de cadeia e para entrar em Lavínia, os visitantes serão minuciosamente revistados. Parece absurdo, mas é possível fazer tais deduções.  

Como tal interiorização do sistema prisional do Estado de São Paulo é uma política do PSDB, o prefeito de Lavínia, por uma questão de coerência, é tucano.