Alex Solnic*
A um vice-presidente da República com espírito de estadista
e nobreza de caráter, colocado diante da situação em que a sua presidente
enfrenta um processo de impeachment, cabe optar por uma de três alternativas.
A primeira – a do vice leal - é ajudar a presidente, graças
a quem foi eleito, por dever de lealdade e por entender que, ao proceder assim
está defendendo o governo do qual faz parte e a estabilidade política e
econômica do país.
A segunda – a do vice imparcial - é manter-se neutro:
afastar-se de suas funções temporariamente e ausentar-se do país, ficar longe
dos problemas políticos, sem interferir, à espera do resultado final para só
então voltar.
A terceira – a do vice pragmático - é declarar que retira o
apoio ao governo e então renunciar ao seu mandato, abandonar o palácio e
trabalhar pela queda da presidente fora das instalações do governo.
O nosso vice, no entanto, optou pela quarta alternativa: não
foi leal, nem imparcial, nem renunciou para conspirar; luta pela queda da
presidente à luz do dia, usando o Palácio do Jaburu e toda a infraestrutura do
governo que agora combate sem o mínimo pudor para formar um novo governo
enquanto o atual ainda não se extinguiu.
Ou seja: depois de cuspir no prato em que comeu ele continua
comendo no prato em que cuspiu.
Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como
Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze
livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar",
"A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e
"Dragonfly" (lançamento janeiro 2016).
Um comentário:
Boa Tarde !...
Xará...
Já fiz vários comentários na Coluna dos leitores da FR, sobre o "par-tido" PMDB. e alguns de seus líderes, principalmente desse farsante, cara de mordomo de cabaré. Alí, não sobra um, estes só vive comendo mingau, sobra do tacho, vai só no vácuo, não tem capacidade de por a cara prá bater...vou para por aqui...
Abçs...
Hélio Ninha
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