A OAB divulgou charge resposta à charge puxa-saco de patrão
e fascista de Chico Caruso, publicada no jornal O Globo.
A Globo, representante maior do golpismo no Brasil, lidera a
campanha para criminalizar a política.
Nessa campanha, tudo que se relaciona com a política é
igualmente criminalizado: os empresários que tem negócios com governos,
blogueiros, movimentos sociais, sindicatos, simples militantes, e até mesmo,
cúmulo do banditismo midiático, os advogados que defendem os empresários.
Os advogados, neste momento, estão sendo um estorvo para a
mídia, porque eles, armados com seus conhecimentos constitucionais, estão se
interpondo no caminho do golpe.
Não foi à tôa que um maiores constrangimentos do golpismo
nojento que vimos em 2015 foram manifestos de juristas contra uma tentativa de
impeachment sem base legal.
O golpe, para ser consumado, precisa levar políticos e
empresários à execração pública, destruir um monte de empresas para produzir
crise e desemprego, manter réus presos por tempo indeterminado (até forçá-los a
entrar no jogo sujo das delações combinadas), ignorar quaisquer vícios ou erros
nos processos.
Os advogados já entenderam que se trata de um processo
puramente político, uma nefanda conspiração judicial, cujos julgamentos são
feitos antecipadamente na mídia.
Sergio Moro ignora solenemente, com chancela da mídia,
qualquer mínima defesa por parte dos réus. Os tribunais superiores, por sua
vez, acoelham-se diante da virulência dos meios de comunicação, que não hesitam
em apelar para todo o tipo de ameaça.
Com este entendimento, os advogados se viram forçados, pelas
circunstâncias, a fazer a batalha da comunicação. É a única maneira de
defenderem seus clientes, já que a justiça está submetida de maneira quase
absoluta a uma lógica midiática, ao invés de submetida às leis.
Então a mídia passou a atacar também os advogados, com todas
as suas armas: editoriais, charges, manipulação da informação.
A OAB - mais esperta que o governo, por exemplo, que nunca
responde - entendeu que, se quiser defender os advogados, precisa responder com
as mesmas armas da mídia.
No Brasil 247.
DAMOUS: CHARGE DE CARUSO “AFRONTA E DESRESPEITA” ADVOGADOS
Deputado federal Wadih Damous, ex-presidente da OAB-RJ,
cobrou o comando nacional da entidade a se manifestar contra a charge de Chico
Caruso no Globo, para ele, "instrumento do puxa saquismo" do
cartunista com os donos do jornal; charge traz o seguinte diálogo: "- E
esse aí, é mocinho ou bandido? – Pior: é advogado!"
21 DE JANEIRO DE 2016
247 – O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) criticou
duramente em sua página no Facebook a charge assinada por Chico Caruso e
publicada nesta quarta-feira pelo jornal O Globo. Para ele, que é advogado, a
charge "afronta e desrespeita" a categoria e é ainda um
"instrumento do puxa saquismo" do cartunista com os patrões.
A charge de Caruso traz o seguinte diálogo: "- E esse
aí, é mocinho ou bandido? – Pior: é advogado!". Damous criticou:
"ultrapassou a todos o limites do achincalhe". "A tal charge
afronta e desrespeita uma categoria profissional que possui uma honrada folha
de serviços prestados ao país", acrescentou.
O deputado cobra a OAB para se manifestar contra "na
defesa da advocacia agredida". Leia abaixo a íntegra de seu texto:
O PUXA SACO E A ADVOCACIA
A charge assinada por Chico Caruso, no jornal O Globo,
ultrapassou a todos o limites do achincalhe. A tal charge afronta e desrespeita
uma categoria profissional que possui uma honrada folha de serviços prestados
ao país. E não a tratemos como mera piada de mau gosto. Trata-se, na verdade,
de um ataque ao Estado de Direito e aos princípios dele decorrentes, como o
devido processo legal, a presunção de inocência e o direito à defesa. Já não
basta a criminalização geral de tudo e de todos. Agora, tentam desqualificar
até o advogado de defesa. A charge jornalística sempre foi um poderoso e
democrático instrumento de crítica política. Com Chico Caruso, foi rebaixada a
uma espécie de extensão da linha editorial do jornal. Ou seja, instrumento do
puxa saquismo. Esses são os tempos bicudos em que vivemos, onde imperam a
mediocridade e a selvageria do senso comum. Espero que a OAB, de imediato, se
manifeste na defesa da advocacia agredida.
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