Um
Como companhia de boteco, beber algumas junto, não havia pessoa melhor. Aliás, bebia todas. Ele era habituê do bar do Fidélis.
Certa vez, numa conversa de bar, ele disse que havia trabalhado tanto, mas tanto que suava a camisa só em contar. Então, a partir disso, passei a chamá-lo de Segunda-Feira, o nome Domingos era um engano.
Quando cheguei ao pé do caixão, a esposa, uma verdadeira Amélia, me disse: "Esse experimentou tudo na vida", e chorou. Sua música preferida era Querida, de Moacir Franco.
E que tenho eu com isso se ele bebeu ou não bebeu. Afinal, viveu 66 anos e não era passarinho.
Um comentário:
Hélio você só cometeu um erro: eu nunca fui Amélia, pode perguntar pra ele.
marianice
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