Num planeta onde é cada vez maior a preocupação com o meio
ambiente, as atitudes sustentáveis tornam-se imprescindíveis para todos os
setores da economia.
No Brasil, desde 2010 está em vigor a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), definindo papeis de cada setor, na preservação do
meio-ambiente.
Na construção civil, os resíduos são os provenientes de construções,
reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes
da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos,
concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,
plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de
obras.
A problemática dos resíduos da construção civil tem três
responsáveis por seu gerenciamento: geradores (construtoras), transportadores e
gestores municipais quanto ao gerenciamento destes resíduos.
Reconhecendo a necessidade de reduzir a geração
destes resíduos e de lhes dar destinação final ambientalmente adequada, como
prefeito de Araçatuba irei chamar os outros dois envolvidos para se tomar a iniciativa
para que o problema seja resolvido de forma harmoniosa e sinergética.
No setor de transportadores, há de se conversar com
carroceiros, caçambeiros e outros tipos de freteiros, que trabalhem em
consonância com a empresa (usina) que irá reciclar os entulhos de Araçatuba. A
Prefeitura será a grande articuladora para que a cidade se livre dos entulhos
de forma racional e ambiental.
Também será necessário conversar com as construtoras para
que seus canteiros de obras sejam organizados para evitar o desperdício e que
os entulhos não fiquem esparramados neles, ou melhor, sejam levados à usina.
Essas medidas só irão beneficiá-las na economia de recursos.
A usina de reciclagem de entulhos gera a fabricação de tubos
para galerias, blocos, guias e sarjetas, sarjetões, areia, pedriscos, etc. A
cidade se livra do entulho que muitas vezes ocupam espaço nos aterros
sanitários e ele retorna como artefatos para a própria sociedade. Ver vídeo da
usina de Rio Preto. Essa usina deve ser particular com acompanhamento bem próxima
da Prefeitura.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Secretário
municipal de Cultura de 2009-2016.
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