Hélio Consolaro*
Não sei o que motiva uma criatura ficar lembrando o defeito do outro, principalmente se for um aleijão. Se for um adolescente, com certeza, reflete a educação que recebe em casa.
Se a garota for manca de uma perna ou o menino tiver um olho vesgo, ficar lembrando isso a todo encontro, chamando-a de "mula manca" ou de "caolho".
Considero que os homofóbicos têm o mesmo espírito, não toleram ver um "veado" ou uma "sapatão", ficam arrepiados. Como disse o Dr. Dráuzio Varela, se seu vizinho mora com homem; se for mulher, mora com outra mulher e isso o incomoda, procure um psiquiatra para se tratar. Esse sentimento também norteia os racistas.
Isso aconteceu em Várzea Paulista-SP, perto de Jundiaí-SP. Um grupo de crianças e adolescentes brincavam no bairro Cidade Nova 2, no dia 18 de dezembro de 2017 à noite, quando uma criança de 9 anos matou a pauladas um adolescente de 12, depois de ser chamado por ele de "caolho".
A notícia não diz porque os pais ou responsáveis pelo filho estrábico não levaram a criança ao médico para fazer a correção dos olhos, pois se trata de um procedimento cirúrgico simples, mas nada justifica o bullying. O sentimento de rejeição foi tão grande que a levou a praticar o homicídio.
Apenas quem já sofreu algum tipo de bullying na vida tem a noção da dor, dos sentimentos negativos do garoto de 9 anos que partiu para o crime.
Não sou pela violência na solução dos problemas, mas se estivesse presente na hora da agressão, e tivesse a mesma indignação ao ler a notícia, teria dado também uma paulada.
LEIA NOTÍCIA, CLIQUE AQUI
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor
Um comentário:
Como o Blog do Consa é publicado em vários jornais, recebi um e-mail de leitor do Diário de Penápolis, amigo, leitor e ex-vereador da cidade JOSÉ MARIA DO VALLE. Como leu pelo jornal de papel, reproduzo-o eu mesmo o seu conteúdo como comentário:
15:15 (Há 28 minutos)
para mim
O Blog do Consa, editado em 30/12/2017 no matutino DIÁRIO DE PENÁPOLIS , trouxe um assunto muito peculiar e comentado nos dias atuais na sociedade brasileira : A VIOLÊNCIA URBANA, onde detalha com minucias o assassinato executado por um menor de idade, que enfurecido em ser chacoteado por possuir um defeito físico de estrabismo , não suportando a humilhação imposta por outro também menor que o chamava pela alcunha de " galo cego " ou " caolho" , matando-o a pauladas na cidade Várzea Grande interior de São Paulo .
Situação idêntica aconteceu em Goiânia-GO , onde um garoto de pouca idade, empunhando uma arma de seus pais que são policiais, matou dois de seus amigos de classe e deixou outros feridos , inclusive , uma menina que ficou paraplégica, porque era rotulado de " fedorento' ou" fedido" talvez por apresentar odores mal suportados .
Pelo que estamos notando os tempos mudaram , em épocas passadas , as rusgas eram resolvidas no braço e na saída da escola ou no " deixa pra lá" acalmando os nervos e tudo ficava bem e infelizmente atualmente as divergências entre menores tem sido resolvidas na base do " dente por dente e olho por olho", talvez pela situação econômica e educacional do país., tão precária .
Lembro-me de que quando fui matriculado para fazer o primário no então Grupo Escolar Augusto Pereira de Moraes , descobri que o meu nome era JOSE MARIA, uma vez que no aconchego do meu lar , o meu pai me chamava por ZICO e a minha mãe , tias irmãos e primos de
ZINHO, um derivado ,uma vez que meu pai José era conhecido por Zézinho . Percebi que o meu nome , embora de nomenclatura simples a junção binominal fazia do meu nome uma diferença dos outros Robertos, Carlos, Antônios ,Sebastiões e etc. e eu passei a receber chacotas
como Ze das Marias, .Zé Mariazinha , o que me fazia me recolher nas profundezas do meu imo e culpar os meus pais pelo nome de batismo .
Porém , quando dei por fé , este nome não era assim tão mal acabado e passei a ter orgulho , quando deparei que nas cédulas do dinheiro circulante na época o CRUZEIRO, vinham assinadas pelos ministros da fazenda como por exemplo José Maria Whitaker , um advogado, banqueiro e político , José Maria Alkmim também politico que chegou a vice presidência do presidente Castello Branco , José Maria Lisboa , jornalista luso brasileiro , José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco, grande estadista , diplomata , jornalista , geografo e historiador, que mediou a compra do estado do Acre junto a Bolívia e José Maria Eça de Queiroz, escritor português , autor das obras " Os Maias" e " o" Crime do padre Amaro".
Serviu também de incentivo e aceitação , quando investido ao cargo de gerente do Banco Itaú na cidade de Santas Cruz do Rio Pardo , um renomado comerciante da cidade , pessoa de grande influência política , ao ligar para o Banco , atendendo -o identifiquei-me como José Maria , gerente do banco, e recebi a seguinte observação o sr. é um homem abençoado , pois, é o gerente desta grande instituição financeira e de quebra tem o nome dos pais de Jesus.
E até os dias de hoje , quando alguém indIgna-se com o meu nome eu respondo em um simples versinho:
O MEU CHAMAVA-SE JOSÉ
MINHA MÃE MARIA
MINHA IRMÃ MARIA JOSÉ
E EU JOSÉ MARIA
Então fim de papo , já pensarão se o sr .JOSÉ GAVA MONTES, rebelasse quando alguém o chamasse de ZECA GAVA MONTES?
Nos dias de hoje poderia enriquecer a funerária e extenuar o coveiro.
JOSE MARIA DO VALLE
AV.BAHIA 777 - VILA FÁTIMA PENAPOLIS SP.
FONE 18-99653-3155
Postar um comentário