Atualizado em 27/09/2018
O evento se chama "Balada Literária" para dar um pouco de modernidade ao evento, pois sarau é um arcaísmo, como explica o escritor Marcelino Freire, que faz o mesmo em São Paulo. Também é uma tentativa de pôr a literatura na rua, promovendo algo mais massivo.
Mas também sabe-se que a arte literatura, por mais popular que seja, nunca será um fenômeno de massa como a arte música. Ela é mais restrita.
Assim, uma vez por mês, na primeira terça-feira, o Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras promove juntamente com o Quintal Cultura a Balada Literária. Quando uma comissão fez a proposta, numa visita, os proprietários da casa, Leandro e Patrícia, se encantaram com a ideia.
A bibliotecária da Biblioteca Rubens do Amaral nos pediu que o evento Bala Literária de setembro/2018 fosse no dia 25/09/2018 para fazer parte do 1o. Festival Literário de Araçatuba - o Felita. E assim todos aprovaram, inclusive a presidenta da Academia Araçatubense de Letras Yara Pedro.
Ontem houve o evento. Quando cheguei lá, caí das pernas: uma multidão ocupava o Quintal Cultural. É bom explicar que era muita gente para os padrões de público da literatura.
Comecei a ligar para a coordenação do grupo:
- Gente, venha correndo para cá, há uma multidão aqui. Acreditaram que ia começar mesmo às 19h.
Riram na minha cara. Até me perguntaram a partir de que hora eu estava bebendo... Chegaram e viram que o Consa não mentia.
Aos poucos, fomos percebendo que se tratavam de professoras da rede municipal que foram "convidadas". Eram mulheres por todos os lados. E a convite da Academia Araçatubense de Letras, o grupo Amigos da Seresta animou musicalmente, que era interrompido pela declamação de poemas. Mais tarde, a moçada tomou conta do palco, comandado pelo músico Felipe Maná.
Não houve nenhuma ousadia ou atrevimento na ocupação do palco, apesar de estarmos num processo eleitoral. Nem panfletos circularam. Tudo muito calmo.
Esperávamos a secretária Tieza e o prefeito Dilador, inclusive para dirigir palavras aos presentes, mas não apareceram. Deve ter havido um motivo muito forte.
Acadêmicos presentes: Tito Damazo, Antenor Rosalino, Hosanah Spíndola, Marianice Paupitz, Hélio Consolaro.
Coordenação do Grupo Experimental: José Hamilton Brito, Alice Silva, Hosanah Spíndola, Fátima Florentino, Elaine Alencar, Reynaldo Mauá Jr., Tacilim Oréfice.
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