AGENDA CULTURAL

26.10.19

A guerra das maquininhas


]Vinícius Pinheiro / Hélio Consolaro 

Se você decidisse montar uma padaria ou qualquer outro comércio ali no começo da década, precisaria obrigatoriamente colocar no caixa duas marcas de maquininhas para aceitar pagamentos no cartão: uma da Rede e outra da Cielo.

A primeira, que tem como dono o Itaú Unibanco, era a única que passava cartões com bandeira Mastercard. Já a outra, que tem como principais acionistas o Banco do Brasil e o Bradesco, tinha exclusividade com a Visa.

Nem preciso dizer que esse território demarcado era extremamente fértil e lucrativo para os bancões. O jogo só começou a virar quando o Banco Central abriu os olhos e decidiu acabar com a exclusividade.

Foi então que começaram a surgir empresas ligadas a outros bancos e também independentes. Para ganhar mercado, os novos competidores derrubaram os preços cobrados dos lojistas e deram início ao que passou a se chamar de “guerra das maquininhas”.

Essa concorrência tem sido ótima não só para os donos de lojas como para os consumidores. Mas até mesmo as guerras precisam seguir certas convenções.


Este blogueiro, para vender seus livros, aderiu à maquininha da Pagseguro. Acabou a aquela pergunta sem resposta:

- Recebe pelo cartão?

O pouco dinheiro do Consa sai rápido e as taxas quase inexistem, além do mais o prazo para cair na conta (débito ou crédito) são de três dias. A Helena anda até pagando umas dívidas que ela tem comigo passando o cartão na minha maquininha.

A democracia do crédito é uma das metas do mercado financeiro no liberalismo econômico. Quem não tem, compra fiado, passa no cartão. E nada de monopólio de certos bancos. 

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