Para aqueles mais incrédulos e que pautam a vida no triste monismo da materialidade e, portanto, não acreditam nas palavras de Jesus, muito mais por preconceito à espiritualidade ou religiosidade, do que por análise racional, pela lógica, ainda assim os pedidos e buscas ocorrem.
As palavras do Cristo não são inócuas, ao contrário, são ensinamentos que só gradativamente conseguimos absorver e, poucos de nós, muito poucos as assimilaram ao ponto de vivenciá-las. Bem aventurados sejam eles...
Entendamos: nossa mente não para. Assim, o alvo de nossas atenções, objeto de nosso desejo impregna nosso ser e nossa alma, criando um pedido silencioso e constante, muito mais forte do que as palavras proferidas em nossas preces, que podem ou não estar em consonância com o que de fato queremos.
Nas rotinas diárias, todos nós colocamos nossa energia no viver, e para cada indivíduo isto tem um entendimento. Poderá ser no dia a dia trabalhando para o sustento e construção de uma vida digna: este realizar poderá ser com princípios de fraternidade e igualdade ou pautado no meu eu e na satisfação das minhas sensações, no meu egocentrismo, no meu eu espiritual ainda infantil ou já falido, condicionado e apegado ao egoísmo.
Estas buscas definem nossa rota exata e a porta adequada a nós. Ao final do caminho chegaremos ao destino que nossa bússola individual determinou navegar pelo mar da existência física. E quando chegarmos ao fim da jornada e batermos a portal à nossa frente ela se abrirá.
O que encontraremos? Exatamente aquilo que pedimos por meio de nossas convicções íntimas e buscamos pelas nossas ações e reações do dia a dia. Não será mais nem menos. A Justiça Divina é perfeita, não é?
O momento que vivemos – enquanto coletividade humana – possibilita um repensar em nossos pedidos e buscas. A pandemia promove uma parada estratégica, um “pit-stop”, realinhando prioridades e valores. Qual nosso objetivo de vida? Estamos todos aqui de passagem. Se objetivarmos bens materiais somente, sairemos daqui vazios.
Assim, de forma coletiva, podemos realinhar nosso “pedir” e reencontrar nossa verdadeira “busca”. Qual deve ser nosso verdadeiro norte?
Todos nós um dia morreremos, ricos e pobres, materialistas ou não. Então, o que obteremos ao batermos à nossa porta final?
Hélio de Matos Corrêa Júnior é consultor de projetos (TI e modernização administrativa). Voluntário na Instituição Nosso Lar, em Araçatuba, descreve esta Face Espírita para o Blog do Consa. 2021: Centenário do Espiritismo em Araçatuba (21 de abril)
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