Gabigol comemorando gol marcado |
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Fique tranquilo, caro leitor, é apenas uma opinião, e também não se muda nada por decreto, toda mudança deve ser muito bem discutida com toda a sociedade. E este cronista não vai chegar a mandar em nada. A minha próxima epopeia é entrar no cemitério na horizontal.
Toda essa introdução é para escrever sobre as últimas façanhas de Gabigol, o Mala, em férias, cidade de São Paulo. Sei que o cara tem milhões de dólares e quer aproveitar a vida (e aproveitar a vida para o mala é participar de bacanal, por exemplo). E de repente chega o coronavírus proibindo tudo. O moleque fica impossível, irritado e se dispõe a fazer besteira, marca gol contra.
Na minha vida, tudo foi acontecendo devagar. Então aprendi a avançar, recuar, dar tempo ao tempo. Eu não tinha ferramentas para apressar o processo. Por isso gosto mais do Pelé, do Gabriel de Jesus. Talvez eu seja um porra-louca também, mas não é assim que me vejo.
O maior erro de Gabigol foi participar de aglomeração, demonstrou não ter responsabilidade social e cometeu uma incoerência com o folheto amplamente divulgado pela internet. O outro tropeço foi esconder-se debaixo da mesa quando a polícia chegou ao cassino, foi uma mancada, pois herói não pode se acovardar. Como fica a cara de bravo e os muques depois de marcar os gols? Como vão ficar seus patrocinadores? Sua imagem caiu de preço.
Nem tudo está perdido. O problema não é cair, o mais difícil é saber se levantar. Não agredir ninguém, nem verbalmente, fazer cara de arrependido, pedir desculpas, mil perdões, rebaixar-se.
Seria bom ao Gabigol que ligasse para o Neymar, pedindo algumas dicas. Eles são bem parecidos no modus operandi.
Um comentário:
Gostei de ver, você sabe, é mestre ao debulhar o feijão, que fica limpinho, pronto pra cozinhar.
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