“Os dois dias mais importantes em sua vida são o dia em que nasceu e aquele em que descobriu o porquê, já dizia Mark Twain, escritor e pensador americano do século 19.
Vivemos em tempos quem exigem de nós um entendimento,
cada vez maior, de por que fazemos as escolhas que fazemos. É normal, por
exemplo, a gente não se contentar mais apenas com o retorno material que o
trabalho nos proporciona. Ele precisa ser mais do que isso: é necessário trazer
uma realização pessoal e, sobretudo, uma vida com mais propósito – naquilo que
buscamos para alcançar uma satisfação como seres humanos. Ou seja, queremos
algo que esteja amplamente conectado com nossos valores e com a possibilidade
de reconhecimento, quer no ambiente corporativo, quer nas relações pessoais.
O filósofo e
educador brasileiro Mário Cortella traz uma dupla definição oportuna do termo
“realização” que nos ajuda a entender a dinâmica de trabalho e vida pessoal. Do
latim, entendemos realização como “tornar real”, ou seja, compreender nossa
existência a partir do que fazemos, da marca que deixamos, da marca que
deixamos no mundo. Já do inglês (to realise) temos uma interpretação
relacionada à consciência, ao “dar-se conta de algo”. Vivemos a era da
consciência, do propósito, em que, mais do que habilidades e conhecimentos
técnicos, o mercado de trabalho busca nos profissionais inteligência emocional.
E isso se expressa em criatividade, em empatia e na capacidade de dar sentido e
significado a produtos e serviços. Essa é a tônica dos tempos atuais, não só na
esfera profissional, mas na vida que levamos todos os dias.
Como dizia o
filósofo alemão Friedrich Nietzsche “Aqueles que sabem o ‘porquê’ da sua
existência podem suportar qualquer ‘como’ para realizá-lo”. Também, não menos
importante, o psiquiatra austríaco Viktor Frankl disse ”O que realmente importa não é o que nós
esperamos da vida, mas antes o que ela espera de nós”.
Muitas vezes,
precisamos apenas experimentar, fazer sem saber se aquilo fará sentido, abrir
espaço para o desconhecido agir. Isso, sim, pode nos indicar o caminho da
realização. Afinal de contas, a vida é feita de planos e circunstâncias
externas.
O importante
é observar quais os sentimentos que brotam dentro da gente quando nos colocamos
neste tipo de situação inesperada.
Por fim, uma sugestão: nunca deixar de perguntar: “Por que estou fazendo isso ou aquilo?”. Isto é estar consciente dos seus atos, estar presente no mundo e fazendo valer essa breve existência.
Gervásio Antônio Consolaro, ex- delegado regional tributário do estado/SP, agente fiscal de rendas aposentado. Administrador de empresas, contador, bacharel em Direito e pós-graduação em Direito Tributário. Curso de Gestão Pública Avançada pelo Amana Key e coach pela SBC.
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