Anticorpos grudam no vírus e não deixam ele entrar nas !células pois ficam grandes e desajeitados
Anticorpos são proteínas como tantas outras, desempenhando suas funções. Proteínas são muito grandes e se fossem uma parede, cada tijolo se chamaria aminoácidos. O colágeno e a queratina da pele são proteínas e, quase todas, são coligadas a outras partes formando estruturas. Mas há proteínas que ficam soltas, tal como os anticorpos, nadando para lá e para cá no sangue, linfa, saliva, lágrimas, leite e suor.
No
corpo, com raras exceções, tudo se renova a todo instante como os ossos, pele e
cabelos. Cada estrutura tem o que se chama vida molecular e pode durar horas e
até semanas. O metabolismo do corpo modifica e consome tudo que ele mesmo forma
para renovar sempre, inclusive os anticorpos.
RESPOSTAS
Quando
alguma proteína estranha entra no corpo, haverá uma resposta imunológica que em
14 a 21 dias formará um pool de células sensibilizadas e outro pool de
proteínas fabricadas por elas, especialmente os plasmócitos, que são chamadas
de anticorpos ou de imunoglobulinas. Esta reação se chamará resposta
imunológica primária e produzirá o anticorpo chamado IgM.
Em um
segundo momento, de preferência não muito distante, um segundo contato com esta
proteína estranha, vai desenvolver de novo uma resposta imunológica formando um
pool muito maior de celulas sensibilizadas e um outro de anticorpos. Essa
resposta imunológica secundária é muito mais potente que a primária e produzirá
um anticorpo chamado IgG. A terceira e outras sucessivas respostas se
equivalem. Se demorar demais, esse segundo contato, a resposta primária pode ir
se apagando, gradativamente, até desaparecer.
Depois
de algumas semanas da resposta secundária, a maior parte das células
sensibilizadas e dos anticorpos desaparecem quase que por completo. Só restará
um clone de células de memória com todos os arquivos guardados. Se precisar da
resposta imunológica, em horas formam se de novo os pools necessários para
eliminar o agressor insistente. Isso sim é estar imunizado! Após a resposta
secundária, as células de memória ficam mais eficientes e com arquivos
otimizados para ser acionadas mais rápida e intensamente, se necessário for no caso
do agressor ser insistente e entrar de novo.
E AS
VACINAS?
Se
tomar a vacina dentro do esquema proposto e fizer o teste depois de algumas
semanas é até possível que a quantidade de anticorpo nem seja mais detectável
em exames de laboratório. Isto não significa que a vacina não funcionou e que
não esteja imunizado.
Significa
apenas que os anticorpos já foram metabolizados e as células de memória estão
de plantão. Que não se precisa mais manter aquela quantidade enorme de
anticorpos. Se precisar em poucas horas estarão em níveis elevados de novo.
Quem tem a memória são as células imunológicas e não as proteínas dos
anticorpos!
E SE?
Ahhhh,
mas se depois de 3 meses de vacinado o nível de anticorpo ainda estiver alto, o
que isto pode significar? Que esta pessoa está tomando outras doses a mais da
vacina ou está entrando com frequência em contato com o agressor para o qual a
vacina foi feita!
No
caso do coronavírus, pode ser que essa pessoa vacinada não esteja se protegendo
e nem se isolando adequadamente. Neste caso, o risco de se reinfectar existe,
especialmente se contatar com uma variante viral que tenha proteínas diferentes
daquelas para as quais a vacina foi direcionada!
Todo
cuidado é pouco!
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