Moacir Rubira e Leonor Martinez |
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Há algumas semanas faleceu meu ex-professor Moacir Rubira, de Matemática, lá do antigo I.E. Ele era um jovem professor começando sua carreira.
Quando adentrei o magistério, lá em Rosana-SP, ano de 1972, eis que encontro o professor Francisco Rubira, com o mesmo sobrenome. Sujeito tão bom quanto o homônimo de Araçatuba-SP.
Escrevo nestas linhas um caso que me aconteceu com o Moacir e me marcou muito. Não gostaria de deixar de contar, caro leitor, o espírito de bondade e compreensão do meu professor; alguns antigos, mais rigorosos, vão dizer que fora excesso de tolerância.
Eu havia ficado por meio ponto na matéria dele. Isso ia me atrasar um ano na minha formação. Este cronista está com o olhar no próximo passo, mas na época era um rapazinho com os olhos no horizonte.
Passei óleo de peroba na minha cara (assim se dizia na época) e depois de descobrir o endereço dele, bati palma na sua porta e expus o meu drama. E Moacir Rubira me deu o meio ponto que faltava. Voltei para casa acreditando ainda mais que o universo conspirava a meu favor.
Depois de aposentados, eu e ele, numa festa, contei-lhe o fato, não se lembrava. Às vezes, somos displicentemente bons, até nos esquecemos da bondade praticada, mas quem recebeu os benefícios lembra sempre.
Casou-se com a professora Leonor Martinez, filha do eterno vereador do bairro Paraíso, o Titim. Um cronista de tão perto não podia ignorar figura impar como Moacir Rubira.
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