Pintura de Almeida Júnior: Caipira picando fumo, 1893 |
Quando criança, pelo rádio de válvula ligado na energia elétrica, bem de manhãzinha, ouvia muitas duplas boas, como Zico e Zeca, Zilo e Zalo, Pedro Bento e Zé da Estrada, Lourenço e Lourival. Os reis da catira, Vieira e Vieirinha, eram presenças obrigatórias nos programas do Rogerinho, Nenê Branco e Nhô Tonho, três baitas comunicadores do rádio araçatubense. A dupla “Coração do Brasil”, Tonico e Tinoco, emociona com “Chico Mineiro” e “Cabocla Tereza”.
“Flor do cafezal” é uma belezura sem tamanho nas vozes de Cascatinha e Inhana. A insinuante “Boneca cobiçada” (Boneca cobiçada/das noites de sereno/teu corpo não tem dono/ teus lábios têm veneno) é o maior sucesso de Palmeira e Biá. De origem paraguaia, a bela guarânia “Cabecinha no ombro” embala qualquer namoro ou casamento com o Duo Guarujá (Armando Castro e Nílsen Ribeiro, marido e mulher).
Hino do sertão, “Menino da porteira” foi gravada por uma imensidão de duplas, mas nenhuma supera a originalidade de Luizinho e Limeira. A moda que conta a história do menino que morreu pisoteado por um boi sem coração, juntamente com “Empreitada perigosa”, nos agudos de Jacó e Jacozinho, e “Pagode em Brasília”, batucado por Tião Carreiro e Pardinho, eram do tipo levanta audiência dos programas radiofônicos.
Já que me refiro às minhas duplas favoritas, não posso deixar de mencionar a internacional Simon e Garfunkel com a belíssima “Bridge Over Troubled Water”. À medida que vivemos, adquirimos conhecimentos que passam a constar de nossa admiração, basta nos livrarmos do preconceito. Recentemente descobri uma dupla que está fazendo minha cabeça: Renan e Randolfe.
Um comentário:
Verdade Hélio essas músicas fazem parte da minha vida da minha infância no sítio mesmo na cidade
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