Homenagem a Cláudio Pandolfi - por Gervásio Antônio Consolaro

Estou escrevendo este artigo hoje para prestar uma homenagem ao meu amigo Cláudio Pandolfi,  que sobreviveu depois de 21 dias entubado com a Covid-19 internado na Unimed de Araçatuba, publicando declarações de sua querida neta Laura com 12 anos.

Cláudio Pandolfi, venerável na sua loja, 30 anos representante de laboratório, ex-colega de Prefeitura, inteligente, de um humor  perspicaz invejável, cristão, homem e cidadão  de bem.

“Quando recebi a notícia  fiquei assustada, pois como ele é uma pessoa de idade, estava no grupo de risco. Os sintomas começaram no dia 09/3, foi internado na noite de 17/03, foi para a UITI na mesma madrugada e entubado dia 18/03. Tudo aconteceu muito rápido, estávamos todos em desespero; para onde eu olhava tinha gente chorando, desesperada ou rezando e eu fazia parte dessas pessoas.  Quando minha mãe me contou que o vovô havia sido entubado meu chorei muito com medo de acontecer o pior. Foram dias difíceis para todos sem exceção! Recebíamos apenas uma notícia dele por dia e olhe lá....às vezes era só um “não houve evolução, nem piora, está estável” dava o maior desânimo ouvir aquilo, mas aí lembrávamos que era muito melhor do que receber um “Ele está piorando”. Todos aflitos, mas nunca perdendo as esperanças. A pessoa que mais me impressionou foi a minha avó Vilma, esposa do meu avô, que mesmo aflita não perdia a calma e sempre dizia “Ele vai melhorar”! Minha avó sempre me ensinou muito a nunca a perder a fé e a não ter medo de nada, e quando sentisse, dizer pra mim mesma “Se Deus é por mim, quem será contra mim?”, levo essa frase para minha vida, ela é muito especial para mim.”

Em 01/04/21!!!”Meu avô foi estubado!! Esse dia realmente foi muito emocionante!!! Eu, minha mãe!! Só sei dizer que não conseguia parar de agradecer a Deus, pois mesmo tendo errado muito, em ter saído várias vezes, ele nos perdoou e livrou meu avô da morte! Os médicos dizem, quem não tem explicação ele ter melhorado  e que foi realmente um milagre! Quando ele voltou pra casa, ainda não estava 100%, então precisou começar a fisioterapia pra conseguir voltar a se movimentar, já que tinha ficado 21 dias na UTI sem mover um músculo. O tio Dani esteve em casa da minha avó durante o ocorrido do vovô, dando apoio e nos ajudando, como ele não conseguia se mexer, precisava de ajuda para comer, tomar banho e limpar o curativo do machucado que veio por ficar muito ter. Minha mãe, minha madrinha, meu tio Dani e todos nós estávamos sempre a disposição para ajudá-lo.  Ficamos muito assustados depois e finalmente aprendemos uma lição, agora não estamos saindo para nada mesmo.  Essa foi uma etapa muito muito difícil de nossas vidas, mas que nos trouxe muito  aprendizado. Eu por exemplo percebi que o dinheiro não tem importância alguma se não temos as pessoas que amamos conosco, e que eu poderia ser milionária, mas meu avô não tivesse  resistido, todo esse  dinheiro não cobriria o vazio que ficaria em nossas corações.”

Gervásio Antônio Consolaro, amigo e admirador.