Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
A Folha de São Paulo publicou na coluna "Charge do dia" este cartum. Raramente as mulheres se aventuram nesta atividade jornalística, mas este tem o olhar feminino de Marília Marz. Não é uma charge, porém não é isso que vamos discutir
O cartum denuncia com o raio laser na testa da compradora na loja a possível vítima do preconceito: ela vai roubar. Como se estivesse marcada para ser cancelada. O raio está no ar, quase invisível. Em certas situações, o preconceito é evidente, explícito, como mostrou reportagem do Fantástico, programa da Globo do último domingo (24/10/2021).
Ninguém está livre do preconceito, pois não somos anjos, estamos inseridos numa sociedade preconceituosa que traz isso do tempo da escravidão. Aliás, o preconceito tem vários nomes: racismo, misoginia, homofobia, etarismo, etc.
Nós, os mais velhos, que também somos vítimas de preconceito, cabe a vigilância de si mesmo nas palavras e nas atitudes. As famílias são a primeira escola das crianças, para o bem ou para o mal.
As nossas organizações, públicas ou privadas, necessitam orientar seus membros (dirigentes e funcionários). Precisamos incluir mais e excluir menos para que construamos uma sociedade mais fraterna.
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