AGENDA CULTURAL

3.7.22

Por que votar em Lula? - opinião de dois professores de Araçatuba


Rogério Ferreira

Como toda história, esta também pode começar por um “era uma vez”. Ou vários...

Era uma vez os direitos trabalhistas conquistados com sangue e suor. Era uma vez um povo que tinha a chance de ter três refeições ao dia. Era uma vez o trabalhador que conseguia, com sua labuta, obter moradia ou bens de consumo e até mesmo vestimentas que trouxessem um pouco de dignidade.

Era uma vez uma pátria alegre e que não fora cooptada por falsos patriotas ou messias. Era uma vez pessoas que podiam ter acesso à educação e, com isso, ter perspectivas de ascensão social. Era uma vez líderes religiosos que não se aproveitavam da desgraça de um povo em nome de qualquer deus para obtenção de proventos ou favores.

Era uma vez um país que vacinava sua população, concedendo ao povo a saúde necessária ao desempenho de suas funções cotidianas. Era uma vez uma mata verde, que guardava a riqueza da preservação de outras espécies e da nossa. Era uma vez uma luta pela equidade, que buscava diminuir os abismos sociais.

 

Era uma vez, mulheres adquirindo autonomia sobre o próprio corpo, tal qual ele não fosse propriedade de outrem. Era uma vez em que um voto digitado em uma urna significava esperança e não desalento. Era uma vez em que éramos a bola da vez no protagonismo global. Quem sabe essa vez, que foi, volte a ser, e não mais tenhamos que contar a história de bonança, mas novamente vivê-la, sendo agora os protagonistas, e não mais os espectadores de um país que vive em seu presente dantesco as memórias de um passado mais promissor.

Hoje, quando foi esse passado não mais importa, pois somente com Lula presidente podemos vislumbrar um futuro.

Rogério Ferreira, professor


Por que votar em Lula?

Maria Buzati 

Eu voto em Lula porque seu partido não é de direita. Se ele fosse para o PSDB, por exemplo, não teria o meu voto. Eu não sou Lulista, sou de esquerda!!! Isso mesmo, sou de esquerda!!

E isso não quer dizer que estou ajudando a construir um projeto em que o Brasil negará a existência de Deus, fechará as portas das igrejas, onde o povo não poderá se reunir para fazer orações, não poderá emitir opiniões, que seremos um país onde a desordem, a violência, a guerrilha, o culto ao diabo serão uma realidade!!!

Não votar em Lula (considerando a inexistência de uma terceira via) é votar no neoliberalismo, é continuar com as porteiras abertas, principalmente no vale do Javali, para que nos roubem a madeira, os peixes, os minerais, que destruam a Amazônia, a nossa casa comum. Projeto neoliberal.

Não votar em Lula é compactuar com a política de hoje que deixa 33 milhões de brasileiros sem comida na mesa, todos os dias. A pandemia potencializou esta tragédia já que antes dela “só tínhamos 20 milhões. Projeto neoliberal.

Não votar em Lula é aceitar a retirada de direitos já adquiridos dos trabalhadores (encontre um deputado ou senador de esquerda que votou em lei que retirou direitos da classe trabalhadora). Projeto neoliberal.

Não votar em Lula é apoiar a alta do combustível o que faz com que tudo fique mais caro, gerando mais fome, mais miséria, mais violência.  Projeto neoliberal

Não votar em Lula é se alegrar com as estatísticas de feminicídio. É coincidência o aumento de feminicídio no governo atual, ou a facilidade de obtenção de armas na mão e a misoginia provocaram o aumento dessa violência?

Aliás, podemos ir mais longe. Não votar em Lula é comungar com toda espécie de violência que há dentro de casa e em nosso entorno. O símbolo da “arminha” na mão não se introjetou na alma do brasileiro como uma brincadeirinha, muito pelo contrário, se introjetou como forma de limpar a alma de tudo o que nos contraria, nos enraivesse, nos incomoda!!! Fazer arminha simboliza o livre arbítrio de praticar a justiça, segundo o meu conceito de família, de mulher, de sociedade.

E por aí vai! Sou inocente? Eu acho inocente quem decide pela direita, usando apenas informações obtidas no Brasil Paralelo!!

Temos condições porque vivemos no mesmo país, nas mesmas circunstâncias, de julgar dois projetos políticos: o projeto neoliberal que gera a fome, a carestia, o desemprego, a misoginia, o feminicídio, a violência em todos os níveis, o desenvolvimento econômico que deixa ricos mais ricos e os pobres mais pobres, a exploração descabida e imensurável de nossas riquezas (e mais: não sendo revertida para o bem da população empobrecida), o descuido com o nosso planeta, etc… e o projeto Social Democrático que tem como seu foco principal a Democracia que produz em todo o seu processo de existência o respeito às diferenças, às instituições democráticas, à igualdade de direitos, de oportunidades, à justiça imparcial, políticas públicas voltadas aos mais vulneráveis e tudo o mais que favorece a população de forma não excludente.

Maria Buzati, professora, Araçatuba 

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