AGENDA CULTURAL

22.9.22

Em Penápolis, o boi bandido

Luís Monteiro - o Chicó

O boi - que seria da raça holandesa - acabou rompendo a cerca de arame liso, no momento em que Monteiro foi tratar os animais, vindo para cima dele com cabeçadas e pisões pelo corpo. A mulher, com um pedaço de pau, tentou socorrer o marido, desejando afastar o bovino, mas sem sucesso. Após o animal se distanciar, ele foi encaminhado ao pronto-socorro, não resistindo aos ferimentos e vindo a óbito (018News)

Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

O boi Soberano, música de Tião Carreiro e Pardinho, touro de boiada, não era de rodeio, salvou o menino de ser pisoteado por seus comparsas de viagem. E assim há outras narrativas de boi bandido nos rodeios de Barreto, maldosos mesmo.

Em Penápolis, um boi mata seu tratador. Não era gir, caracu, guzerá nem nelore. Era da raça holandesa, pacífica, rompeu a cerca e avançou sobre o seu dono, até matá-lo. 

Qual foi o motivo. Houve motivo? Vingança? Qual era a relação homem-animal que gerou tal comportamento. O episódio vem provar que a inteligência não se limita ao cérebro humano.

Mas o que me levou a escrever tais linhas foi o falecido Luís Monteiro, atacado pelo boi bandido, que nos idos da década de 70 viveu o personagem Chicó em teatro apresentado em Penápolis, quando lá eu estudava.   

Bem que essa história pudesse ser também uma daquelas histórias inventadas por Chicó no enredo de "Auto da compadecida". Que fosse mais uma lorota.

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