AGENDA CULTURAL

22.1.23

Construa sua felicidade 2 - Gervásio Antônio Consolarol

              


A pessoa feliz sabe que não deve fazer de tudo para alcançar a felicidade, mas sim aquilo que foi chamada a fazer para alcançá-la.

     A pessoa feliz está sã. Não vive de seu passado, porém, volta para ele só para revertê-lo.

     Para capturar o meu grande momento, devo estar são. Muita gente doente conseguiu grandes coisas, porém não pôde desfrutá-las.

      Salomão disse: “Há gente que tem de tudo, por isso não aproveita nada”. É por isso que estar saudável interiormente é o requisito indispensável que você deve possuir para ser uma pessoa feliz.

     Para estar são é necessário fazer certas coisas:

• Curar-se das lembranças tristes. Cada vez que a vida fechar uma porta, há outra pronta para ser aberta, esperando você. Todas as portas podem estar abertas na nossa frente, porém, só poderemos vê-las se estivermos saudáveis. Se não fecharmos as portas velhas, não poderemos cruzar as novas. O que chamamos de portas velhas? Os rancores: continuar lembrando aquela crítica que lhe fizeram, as situações do passado não resolvidas e a toda aquela lembrança negativa que não permitirá que você capture seu futuro. Toda aquela pessoa tóxica que continua dando voltas na sua mente, toda carga emocional que gera raiva, é uma porta velha aberta.

Fechar o passado é abrir-se para o presente e o futuro. Se eu fecho meu passado, abro meu presente.

Perdoar. Como faço para perdoar? Pense um momento se, em alguma oportunidade, alguém o machucou e, sem querer, você também o feriu. Se, ao lembrar disso, essa pessoa não agiu como você esperava, já é tempo de conseguir. Perdoar é soltar as amarras de um barco e deixá-lo ir para o mar aberto; é escrever em letras grandes CANCELADO; é virar a chave, abrir a porta da cela; é romper a vasilha de ódios em mil pedaços, de maneira que nunca mais possa ser reconstruída.

As portas velhas que eu fechar abrirão portas novas.

      O segredo do seu sucesso e da sua felicidade está escondido na rotina diária, nos seus hábitos. Um profissional resolve o problema que tiver; se alguém o machucou, fale, perdoe e continue adiante. Os “profissionais” abrem portas grandes. Se nos detivermos nas minúcias, não agiremos como profissionais que se concentram no que é grande, no que é transcendente. A vida passa rápido e as coisas vãs, pelas quais nos preocupamos, nos fazem perder tempo e não permitem que nos ocupemos do que realmente vale a pena.

O que eu fizer diariamente determinará o que serei no futuro. — Miles Murdock

• Desfrutar de tudo que você tem. Tudo que temos é para ser desfrutado. “Desfrute, não guarde, porque o que não desfrutar hoje será desfrutado pelos outros quando você não estiver presente.”

• Compreender que o prazer não é algo que posso encontrar, porque já o levo dentro de mim. “Onde está a mulher que me fará feliz?” “Onde está o emprego que eu quero?” O dom de desfrutar está no seu interior. Nenhum ambiente irá dominá-lo quando você liberar a capacidade de desfrutar onde estiver.

Os bens são para aqueles que sabem desfrutá-los.— Epicuro de Samos

• Descobrir o seu próprio valor. “Se eu não desfrutar de mim mesmo, não poderei desfrutar do resto.” O “outro” não pode acreditar em você mais do que você mesmo. Amar-se é saber acreditar em si mesmo, é respeitar-se.

• Cumprir com os desejos do seu coração. Não é ruim ter desejos. Se quiser viajar, viaje; se quiser se aperfeiçoar, não perca tempo e avance em tudo aquilo que se propôs seguir. Gaste a sua vida, as suas forças, aproveite tudo.

• Ser sábio. Aprendamos quando devemos falar e quando devemos calar. Você não precisa provar nem mostrar nada a ninguém.

    Uma pessoa feliz sabe mergulhar nas águas profundas, erra, porém segue o horizonte, não aceita a mediocridade nem se conforma com menos do que determinou para a sua vida. Texto inspirado nas pesquisas do escritor Bernardo Stamateas. 

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.                      g.consolaro@yahoo.com.br   

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