AGENDA CULTURAL

9.6.15

Religiões se desrespeitam e querem impor seus princípios à socieade

julia chequer ze celso Zé Celso e atores do Oficina podem ser presos
Zé Celso pode ter prisão decretada no Fórum Criminal da Barra Funda, em SP - Foto: Julia Chequer/Arquivo R7-7/4/2010
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
O diretor José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, e os atores Tony Reis e Mariano Mattos Martins, do Teat(r)o Oficina, podem ter prisão decretada na tarde desta segunda (8) por terem encenado uma peça de teatro.
O motivo da ação judicial é a apresentação da peça Acordes, feita na PUC-SP em 2012 pelos artistas do Oficina. A obra é baseada em texto do dramaturgo alemão Bertold Brecht.
A peça foi considerada ofensiva por um padre de Goiás, que a assistiu pelo YouTube e depois entrou na Justiça contra os artistas.
Os três atores foram intimados pela Justiça Pública a estar às 16h desta segunda (8) no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Esta é a segunda vez que precisam comparecer a uma audiência no local.
Os artistas do Oficina são defendidos pelos advogados Fernando Castelo Branco e Fernanda de Almeida Carneiro.
A primeira audiência foi em 5 de novembro de 2014, quando os atores se recusaram a assinar um documento de reconhecimento de culpa. Eles ouviram do promotor que estariam  “se escondendo através do teatro para dizer impropérios e incitar a violência”.
Zé Celso considerou absurda a acusação, que classificou como “um crime contra a arte do teatro”.
Entenda o caso
Segundo os artistas do Oficina, a sessão especial de Acordes na PUC-SP, da qual Zé Celso é ex-aluno, foi feita a convite de alunos, professores e funcionários que estavam em greve em 2012.
Estes se manifestavam contra a imposição do nome da professora Anna Maria Marques Cintra como reitora da instituição, já que esta havia ficado em terceiro lugar na votação com a comunidade acadêmica.
Por isso, o Oficina foi convidado para apresentar a peça que falava sobre autoritarismo e o papel popular para provocar mudanças.
Para adequar a peça ao contexto da Pontifícia Universidade Católica, Zé Celso colocou a imagem de um religioso para representar a figura do autoritarismo, na forma de um boneco parecido com o Papa Bento 16.
Na metáfora proposta pela peça, o boneco é decapitado, como forma de simbolismo da ruptura com o autoritarismo. Segundo o Oficina, a própria Reitoria autorizou a entrada do grupo na PUC.
O vídeo com a encenação foi parar no YouTube, onde o Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, de Goiás, o assistiu e resolveu então entrar na Justiça contra o Oficina e ainda abriu um inquérito policial.
O padre utilizou o artigo 208 do Código Penal, que criminaliza o escarnecimento de alguém publicamente por motivo de crença ou culto religioso e prevê até um ano de cadeia.
Segundo o grupo, Zé Celso, Mariano e Tony afirmaram à Justiça que jamais tiveram o intuito de zombar de objetos religiosos ou escarnecer da fé católica. Explicaram  que tratava-se de uma obra de arte teatral feita em um cenário de liberdade de expressão artística, garantida pela Constituição.
Na audiência de novembro do ano passado, os atuadores do Oficina não aceitaram a proposta de acordo feita pelo representante do Ministério Público, Matheus Jacob Fialdini, que queriam que estes assumissem a culpa para encerrar o caso.
Como eles se recusaram a assinar o documento, a nova audiência desta segunda-feira foi marcada para definir a sorte dos três artistas.
O Oficina é considerado o mais importante grupo teatral do Brasil, e Zé Celso é um dos encenadores latino-americanos mais reconhecidos em todo o mundo, tendo sido perseguido, preso e exilado durante a ditadura civil-militar que vigorou no Brasil entre 1964-1985.
Tony Reis e Mariano em cena de ACORDES Foto Fermozelli Fotoarte Zé Celso e atores do Oficina podem ser presos
Tony Reis e Mariano Mattos Martins em cena da peça Acordes, do Oficina - Foto: Fermozelli 

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EVANGÉLICOS QUEBRAM E URINAM EM IMAGEM DE SANTA; PASTOR NEGA PARTICIPAÇÃO, MAS APÓIA FIÉIS
·       09-06-2014
  Com informações do Portal Correio


Grupo religioso evangélico destruiu, urinou e cuspiu em uma imagem de Nossa Senhora, na cidade de Carrapateira, sertão da Paraíba. O Pastor evangélico Luis Poroca, lider religioso local, nega ter incitado grupo, mas afirmou que apóia a iniciativa do grupo de evangélicos pois “está escrito na Bíblia para quebrar os ídolos e lançar as imagens fora dos templos”.


Segundo reportagem divulgada no Portal Correio, na última terça-feira (3), um grupo religioso da cidade de Carrapateira, a 384 Km da cidade de João Pessoa (PB) quebrou e urinou em uma imagem de Nossa Senhora de mais de um metro
O padre Quirino Pedro, administrador da Paróquia Santo Afonso, em Carrapateira, lamentou o episódio e a falta de compreensão de algumas pessoas. Segundo o religioso, a intolerância religiosa não leva a nada, uma vez que, todos são filhos de um mesmo Deus. “E este mesmo Deus que é filho de Nossa Senhora, escolhido por ele para ser a mãe do filho e a filha do filho, assim como nós, seres humanos”, disse.
O padre contou que o fato deixou todos preocupados porque além do grupo ter cometido o vandalismo, ainda atacou os católicos. “Estão fazendo a cabeça das crianças para repudiarem Nossa Senhora, estão chamando as pessoas de satanás tanto nas escolas, nas ruas quanto na porta da igreja, revelou.

De acordo com as denúncias do padre, as pessoas que estão fazendo esses atos de vandalismo pertenceriam à igreja Pentecostal Rio de Águas Vivas dirigida por Luiz Lourenço, mais conhecido por Pastor Poroca. O padre informou que as providências jurídicas sobre o caso serão tomadas pela Diocese do município de Cajazeiras, da qual a paróquia de Carrapateira faz parte. 

O representante da igreja católica lamentou que fatos como esse ainda ocorram em pleno século 21, e "justamente na semana de oração de unidade pelos cristãos para que haja proclamação da boa nova, com respeito a liberdade religiosa", reclamou.
Padre Agripino informou que irá comunicar o fato ao Ministério Público para que acione a Justiça. "Nós respeitamos a liberdade de culto e queremos também que sejamos respeitados, queremos respeito para quem professa a fé católica" enfatizou.

Ex-católicos 
O pastor Poroca se defendeu as acusações dizendo que não determina que nenhum fiel de sua igreja cometa atos de vandalismo contra nenhuma religião. Ele deu sua versão dos fatos dizendo que teria sido um grupo de ex-católicos que teriam se convertido e destruído as imagens que tinham em casa.

"Pelo que eu sei, não há a notícia de que alguém tivesse destruído imagem de ninguém e jamais aceitaria que isso ocorresse", rebateu. Quanto ao fato dos fieis terem destruído as imagens que pertenciam a eles próprios, o pastor disse que não é ele quem 'manda' fazer isso, mas a bíblia.
"Eu não condeno, mas a bíblica condena. Pelo menos 437 vezes é mencionado que a imagem é maldita. Na segunda crônica, no capítulo 32 versículo 4, por exemplo, o rei Josias pôs os possuídos abaixo e quebrou as suas imagens e limpando o altar de Deus", justificou.

O pastor Poroca, conforme informou, prega em pelo menos seis cidades da região de Sousa, realizando cultos em municípios como Carrapeteira, Marizópolis, Vieirópolis e Nazarezinho, no Sertão da Paraíba. Ele disse que possui cerca de 600 fiéis.

Notade de agravo emitida pela Diocese de Cajazeiras:
"Imagem de Nossa Senhora é profanada na Cidade de Carrapateira

Fico pensando na falta de tolerância espiritual com que algumas mentes vazias de conceitos têm. A religiosidade e suas manifestações são protegidas pela Lei da Constituição Federal que diz:

“é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;“ (Art. 5, inc. VI)

Se fossemos olhar apenas o direito à expressão religiosa que todos têm já seria o bastante para argumentar tamanha ignorância que aconteceu ontem na Cidade de Carrapateira, sede da Paróquia de Santo Afonso, que tem como Administrador Paroquial, o Pe. Querino Pedro Cirilo. Segundo informações repassadas pelo próprio Sacerdote, a Cidade de Carrapateira está passando por uma série de preconceitos religiosos. Um imagem de Nossa Senhora foi profanada quando urinaram sobre a mesma e ataram fogo depois de jogarem gasolina. Além disso, também uma tentativa de corromper o pensamento das crianças com difamações contra Nossa Senhora.

Sabe-se que todos têm direito e liberdade de expressar sua fé, mas viola a Leio e o valor ético quando interfere e mais ainda, difama e agride a Fé alheia. Os Católicos veneram Maria como Mãe de Deus e da humanidade e para tanto merece o mínimo de respeito. Se for para justificar pela Palavra de Deus, também está escrito que:

“todas as gerações a chamarão de Bem-Aventurada” (cf. Lc 1, 48)

Todas as gerações, não pode ser interpretada como uma parte dela, mas todas, sem distinção. Aos que não aceitam, conhecem a Palavra, mas a Palavra ainda não lhe tocou o coração. Somente para refletir!"


Pastor diz que padres adoram o satanás e vira alvo de ação judicial
Durante uma entrevista a uma rede de televisão local em Janeiro de 2014, o Pastor Poroca ao ser questionado sobre os boatos de que uma imagem de santa teria chorado, durante um velório na cidade de Marizópolis (PB), disse que as imagens dos santos católicos são demoníacas.

Bispo diz que mulheres mentem sobre estupro para praticar aborto

Bíspo de Guarulhos, Luiz Gonzaga Bergonzini diz que mulheres mentem ao dizer que foram estupradas. Ele acusa que a mentira seria apenas para conseguir liberação da lei para a prática do aborto. Movimento de mulheres repudia decalrações.


reprodução
Em vésperas da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Dom Luiz prepara um texto sobre “a ditadura gay", que "não vai poupar ninguém, nem mesmo nossos filhos”.Em vésperas da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, Dom Luiz prepara um texto sobre “a ditadura gay", que "não vai poupar ninguém, nem mesmo nossos filhos”.


"Vamos admitir até que a mulher tenha sido violentada, que foi vítima... É muito difícil uma violência sem o consentimento da mulher, é difícil", comenta. O bispo ajeita os cabelos e o crucifixo. "Já vi muitos casos que não posso citar aqui. Tenho 52 anos de padre... Há os casos em que não é bem violência... [A mulher diz] 'Não queria, não queria, mas aconteceu...'", diz. "Então sabe o que eu fazia?" Nesse momento, o bispo pega a tampa da caneta da repórter e mostra como conversava com mulheres. "Eu falava: bota aqui", pedindo, em seguida, para a repórter encaixar o cilindro da caneta no orifício da tampa. O bispo começa a mexer a mão, evitando o encaixe. "Entendeu, né? Tem casos assim., do 'ah, não queria, não queria, mas acabei deixando'. O BO é para não facilitar o aborto", diz.

A posição do bíspo é um uma tentativa de dificultar o aborto nas cidades da grande São Paulo.

Para a coordenadora da União Brasileira de Mulheres (UBM), Elza Campos, o fato de ser bispo dá a Dom Luiz Gonzaga Bergonzini um poder, o qual o sacerdote utiliza "para fazer decalrações estapafúrdias, agressivas às mulheres, desrespeitosas". Ao mesmo tempo em que a feminista identifica as declarações machistas e de cunho patrical do bispo como um caso extremado, ela avalia que a Igreja Católica tem feito uma investida no sentido contrário do Estado laico, que dá margem a este tipo de postura. "O movimento [de mulheres] está preparando uma moção de repúdio, triteza e revolta contra esta declaração", afirma Elza Campos..


O bíspo Luiz Gonzaga é um claro exemplo da mistura de politica com religião, e usa de sua influência em fiéis para mudar votos e opiniões da massa. Como foi o caso de seu discurso contra a presidenta Dilma, em que ele fez "pregações" contra as intenções da candidata e espalhou folhetos por várias igrejas. Ato que resultou na derrota do PT na cidade de Guarulhos.

Da redação, com Vida em Órbita
 

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