AGENDA CULTURAL

9.4.17

Sujeito montado num cavalo era o cara

Foto: jornal O LIBERAL, Araçatuba - 09/04/2017

O cavalo, de tão importante para a humanidade, virou um estorvo. Hélio Consolaro
FOTO CHOCANTE: quatro cavalos foram mortos em acidentes ocorridos na manhã deste sábado (8/4/2017), na Rodovia Teotônio Villela (Estrada do Guatambu), em Araçatuba. No primeiro acidente, a aproximadamente 1,5 mil metros da rotatória do Unisalesiano, três animais foram mortos. O segundo acidente foi a mil metros. O animal sofreu fraturas expostas nas patas dianteiras e foi necessária eutanásia. Outros animais que estavam soltos na pista foram recolhidos a uma propriedade das imediações. De acordo com a Polícia Rodoviária, a informação é de que mais de 10 animais estavam na pista. Embora o acidente foi por volta de 5h50, os animais foram recolhidos por volta de 12 horas. O LIBERAL

INFORMAÇÕES SOBRE O CAVALO: 
“Cavalos (Equus ferus caballus
foram revolucionários para a civilização. É incrível pensar que milhares de anos antes da Era Comum até a invenção do telégrafo, um cara montado num cavalo era a melhor internet disponível.
Ilustração de Edward Sorel
Verdade, esses equinos fizeram toda a diferença. Os cavalos vieram e, consequentemente, foram domesticados na Eurásia. E isso foi um elemento chave no nosso processo civilizatório. Afinal, na África, de onde veio o Homo sapiens, só existiam zebras, que não são domesticáveis. Cavalos modificaram a maneira como nos transportávamos, como fazíamos comércio e ajudou no desenvolvimento da agricultura, além de terem sido essenciais em guerras." Bruno Taurino

TEXTO DE HÉLIO CONSOLARO: Incitatus de Calígula foi o cavalo mais importante de Roma, pois conta a lenda que o imperador tratava melhor o cavalo do que os seres humanos, queria nomeá-lo cônsul. Sua cocheira era enfeitada por pedras preciosas. Dizem que isso era uma forma de Calígula espinafrar os senadores. Um cavalo vale mais que um político.


Na peça Ricardo III, de William Shakespeare, batalha de Bosworth, Ricardo III perde seu cavalo e o poder, desesperado grita “um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo!” . E não houve jeito, foi morto pelo sucessor Henrique VII.

Com toda essa importância, veja a que foi reduzido o cavalo para a humanidade, ou, pelo menos, para os seres humanos que moram no Oeste Paulista: um estorvo, um bicho que pode causar acidente. 

As máquinas que substituíram o cavalo, agora o matam, porque humanos, seus proprietários, não cuidam deles. Aliás, o Governo do Estado, via Departamento de Estrada de Rodagem, não tem uma viatura para apreender os cavalos nas estradas da região mais rural de São Paulo.  

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